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CBA (CBAV3) faz bem ao se livrar da unidade de níquel?

13 abr 2023, 16:14 - atualizado em 13 abr 2023, 16:14
Alumínio
O BBI segue neutro com as ações da CBA devido ao mercado de alumínio (Imagem: REUTERS/Stringer)

A CBA (CBAV3) anunciou na noite desta quarta-feira (12) a venda da unidade Niquelândia, localizada em Goiás (GO), por R$ 20 milhões.

A companhia brasileira de alumínio assinou um contrato com a Wave Nickel Brasil, controlada da New Wave, para vender a mina de níquel e a planta de processamento da planta.

Em caso de retomada da produção de Niquelândia (as operações foram suspensas em 2016 por “condições de mercado”), o acordo dá à CBA o direito de receber 3% de royalties sob a receita operacional líquida, limitados a US$ 10 milhões ao ano.

A venda da Niquelândia marca o fim da exposição da CBA ao negócio de níquel. A empresa comentou que a transação está em linha com a sua estratégia de focar no core business, que é o alumínio.

Na avaliação do Bradesco BBI, a venda é positiva para a CBA, visto que ela “finalmente” não terá exposição a um negócio relevante em termos de queima de caixa.

“A divisão reportou Ebitda negativo de R$ 73 milhões em 2022, R$ 57 milhões em 2021 e R$ 103 milhões em 2020”, destaca a corretora, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (13) pela Ágora Investimentos.

De acordo com o BBI, os royalties acertados no acordo poderiam implicar em quase R$ 300 milhões de VPL (valor presente líquido) positivo, assumindo que o ativo retorne à capacidade total de 20 mil toneladas anuais e preços de níquel de longo prazo ao redor de R$ 14.500/tonelada.

Na avaliação do BBI, a unidade deve demorar um pouco para retornar à capacidade total e deve precisar de mais investimentos para reiniciar a produção.

Comprar CBAV3?

Apesar da venda positiva, o BBI segue neutro com as ações da CBA devido ao mercado de alumínio. Apesar da expectativa de recuperação de preços, o aumento da oferta chinesa dificulta uma retomada maior, avalia.

“Além disso, estamos preocupados com o desempenho de custos da empresa nos próximos trimestres, que, na ausência de uma alta no preço do alumínio, pode trazer riscos de queda para as nossas estimativas de Ebitda para o ano”, acrescenta a corretora.

A geração de caixa da companhia deve seguir impactada, a menos que ela adie projetos, o que deve pesar para o VPL, diz o BBI.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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