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CCR: Safra esquece resultados e foca em potencial de alta expressivo das ações

08 mar 2021, 15:57 - atualizado em 08 mar 2021, 15:57
CCR CCRO3
A recuperação do tráfego nas rodovias da CCR foi um dos principais destaques positivos do quarto trimestre de 2020, na avaliação do Safra (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Os analistas do Safra deixaram os resultados mornos da CCR (CCRO3) de lado e focaram no potencial de valorização significativo da ação da companhia.

A instituição reforçou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para o papel da empresa. O preço-alvo indicado ao fim de 2021 é de R$ 18,70, o que implica um upside de 59,2% em relação à cotação do fechamento de sexta-feira, de R$ 11,74.

Em relatório divulgado na última semana, o analista Luiz Peçanha disse que um possível gatilho para as ações da CCR é o potencial anúncio do reequilíbrio econômico dos contratos de concessões administradas pela companhia em São Paulo.

“Grandes compensações para mitigar perdas são esperadas e devem ser convertidas em extensões de termos de contratos”, comentou Peçanha.

A CCR encerrou o quarto trimestre de 2020 com prejuízo líquido de R$ 78,2 milhões em função de uma baixa contábil de R$ 305 milhões, referente à devolução da concessão da MSVia. Excluindo o efeito, a companhia reportou lucro de R$ 176,1 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também foi impactado pelo mesmo motivo e sofreu queda de 30% no comparativo anual. A receita líquida atingiu R$ 2,5 bilhões, representando uma queda de 3,3% em relação as últimos três meses de 2019.

A recuperação do tráfego nas rodovias, por outro lado, foi um dos principais destaques positivos do trimestre, na avaliação do Safra. O número de veículos nas estradas veio 4,6% maior do que um ano antes, parcialmente beneficiado pelo maior transporte ligado ao agronegócio.

Última semana

A CCR divulgou a atualização do relatório semanal com dados referentes à movimentação nas concessões sob sua gestão.

Entre 26 de fevereiro e 4 de março de 2021, o tráfego nas rodovias da companhia caiu 13,6% em relação a igual período de 2020. Desconsiderando a ViaSul, a quantidade de veículos equivalentes mostrou queda de 12,4%.

No acumulado do ano, o tráfego com a ViaSul registra leve alta de 0,1%.

Na divisão de aeroportos, o número de passageiros despencou 62,7%% na última semana. No acumulado do ano, a queda é de 56,5%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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