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Cemig (CMIG4) prevê investir R$ 42,2 bi entre 2023 e 2027, maior plano de sua história

27 mar 2023, 17:49 - atualizado em 27 mar 2023, 17:49
Cemig
Nos últimos anos, a Cemig vendeu suas participações minoritárias em empresas como Light, Renova e Santo Antônio Energia (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A estatal mineira Cemig (CMIG4) pretende investir 42,2 bilhões de reais no período entre 2023 e 2027 com foco em suas operações de distribuição, geração e transmissão de energia em Minas Gerais, no maior plano de investimentos de sua história.

A cifra anunciada nesta segunda-feira representa um salto em relação ao último planejamento plurianual, divulgado em meados de 2021, quando a companhia estimava 22,5 bilhões de reais em aportes até 2025.

Em reunião com investidores para comentar o plano, o CEO da elétrica, Reynaldo Passanezi Filho, disse que a Cemig está dobrando sua aposta e acelerando os investimentos em Minas Gerais, ao mesmo tempo em que sai de negócios “non-core”, em uma estratégia implementada desde 2021 e que tem se mostrado bem sucedida.

Nos últimos anos, a Cemig vendeu suas participações minoritárias em empresas como Light, Renova e Santo Antônio Energia, fazendo com que a companhia “recuperasse” cerca de 6,5 bilhões de reais em caixa para investir em seus próprios negócios, disse o executivo.

Até 2027, o segmento de distribuição de energia deve receber o maior volume de aportes, de 18,4 bilhões de reais. Estão previstas obras para melhorar e ampliar o serviço aos consumidores, como a construção de novas linhas de distribuição e subestações e a instalação de medidores inteligentes.

A geração de energia deve receber o segundo maior volume de recursos até 2025, com 13,4 bilhões de reais.

Com uma carteira de 15,9 GW em projetos, a companhia vê uma série de oportunidades para desenvolver novas usinas no futuro, sobretudo em energia solar, mas somente prosseguirá com empreendimentos que trouxerem retornos adequados e acima do custo de capital, disse o diretor de geração e transmissão, Thadeu Carneiro.

Entre os empreendimentos com decisão de implantação já tomada, estão três usinas solares flutuantes, que ficarão em reservatórios de hidrelétricas da companhia.

Mas a Cemig tem estudado investir também em iniciativas de “hibridização” de usinas (combinando as fontes solar e eólica), hidrogênio verde e usinas eólicas offshore.

No caso das offshore, a elétrica iniciou os estudos ambientais para implantação de dois parques eólicos no Ceará, somando 4,5 GW, embora entenda que a fonte ainda tem um longo caminho para se desenvolver no Brasil.

Outro destaque do plano da Cemig é a área de geração distribuída de energia, que deverá receber 3,2 bilhões de reais até 2027, agregando 540 megawatts-pico (MWp) para o portfólio atual da Cemig SIM, subsidiária dedicada a esse negócio.

Segundo Passanezi, todos os projetos da companhia em geração distribuída estão enquadrados sob as regras anteriores ao marco regulatório do segmento e, por isso, contam com benefícios tarifários melhores. A taxa média de retorno real projetada para esses investimentos é 11% a 14%.

Estão previstos ainda no plano da Cemig investimentos de 3,5 bilhões de reais em transmissão até 2027, 2,3 bilhões em gás natural e 1,4 bilhão em inovação e TI.

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