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Cenário de vendas mais fracas das fábricas não inibe alta do etanol nos portões

01 fev 2021, 9:31 - atualizado em 01 fev 2021, 10:00
Combustíveis Gasolina Diesel Etanol
Mesmo com vendas comedidas nos postos, o etanol ainda consegue margens para ganhos (Imagem: Agência Brasil/Tomaz Silva)

Mesmo que possa ter havido consumo maior de etanol na segunda quinzena de janeiro, contra a primeira, melhorando as vendas das produtoras que vinham menores, deverá ser comedido quando saírem os dados da agência reguladora. Junta-se sazonalidade mensal de baixa e pandemia.

Ainda assim, o hidratado abriu esta segunda (1) mais caro para as distribuidoras.

A produção praticamente estagnada na entressafra da cana, uso de estoques e gasolina cara conseguiram manter o biocombustível em mais 0,91% nas firmas, concluindo a semana passada em R$ 2,1272, nos cálculos produzidos pelo Cepea/Esalq. E, inclusive, mesmo com o etanol saindo mais caro para o consumidor, conforme vem registrando a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) desde início de janeiro.

Já são mais de seis semanas de altas renovadas nas unidades, em duas das quais, nos primeiros 15 dias do mês passado, quando a usinas e destilarias venderam 30 milhões de litros abaixo de igual período de 2020. De acordo com a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), foram comercializados 1,25 bilhão/l, incluindo o bio de milho.

Ou seja, refletindo a demanda modesta nas bombas, as intermediárias tiveram que aceitar o reajuste das usinas e destilarias.

As distribuidoras também se sentem pressionadas a assegurarem um pouco mais do produto ante à perspectiva de novas altas da gasolina, especialmente com a Petrobras (PETR3; PETR4) sendo criticada pelo setor por represar os aumentos do petróleo, que segue acima dos US$ 55 na bolsa de Londres.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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