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CEO da Gap diz que paga “aluguel justo” em meio a processos

05 jun 2020, 15:17 - atualizado em 05 jun 2020, 15:17
“Ao abrirmos as lojas, estamos comprometidos e pagamos um aluguel justo – o que consideramos aluguel justo”, disse Sonia (Imagem: Unsplash/@landall)

A Gap está em negociação com proprietários de lojas e pagando “o que consideramos um aluguel justo”, disse a diretora-presidente da varejista de roupas, Sonia Syngal, em meio à reabertura do comércio nos Estados Unidos com a flexibilização das medidas de isolamento social por causa do Covid-19.

A empresa, que registrou forte queda das vendas no trimestre encerrado em 2 de maio, reabriu mais de 1,5 mil lojas de suas 2,6 mil unidades na América do Norte. Ela disse que a retomada após meses de restrições a negócios não essenciais está adiantada.

“O que pretendemos fazer primeiramente é criar uma relação ganha-ganha com nossos proprietários” de imóveis, disse a executiva em entrevista. “Queremos vencer juntos, mas sabemos que há muita incerteza. Então, o que queremos é a estrutura certa para ter uma responsabilidade compartilhada e uma oportunidade compartilhada para avançarmos.”

Ela acrescentou que a Gap fechou acordos com centenas de proprietários de imóveis que “reconheceram que o mundo mudou”. Com o restante, as negociações estão em andamento.

“Ao abrirmos as lojas, estamos comprometidos e pagamos um aluguel justo – o que consideramos aluguel justo”, disse Sonia.

Um dos proprietários, a Simon Property, entrou com um processo contra a varejista nesta semana, dizendo que a Gap não pagou US$ 65,9 milhões em aluguel nos últimos meses. No mês passado, outro proprietário de Manhattan processou a Gap por não pagar o aluguel de uma loja nos arredores da Times Square, em Nova York.

Em teleconferência com analistas na quinta-feira, a diretora financeira Katrina O’Connell disse que a empresa tem lojas onde os aluguéis precisam ser renegociados e está usando esta “oportunidade única”.

No mês passado, a empresa anunciou que havia parado de pagar o aluguel de lojas fechadas a fim de economizar recursos, pois as vendas caíram para uma fração dos níveis anteriores ao Covid-19.

Em todo o setor de varejo, inquilinos suspenderam o pagamento de aluguéis para ajudar a mitigar custos durante a pandemia.

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