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CEOs cripto temem que pior está por vir e cortam mais empregos

05 dez 2022, 10:59 - atualizado em 05 dez 2022, 10:59
FTX crise contágio
Com as reverberações da implosão da FTX de Sam Bankman-Fried, o CEO da Bybit, Ben Zhou, e seu colega da Swyftx, Alex Harper, deram avaliações francas sobre os desafios enfrentados pelo setor (Imagem: Bloomberg)

Os ativos digitais já enfrentam uma das piores crises do setor há um ano, mas, a julgar por anúncios recentes de demissões, os executivos cripto parecem se preparar para mais turbulência.

As bolsas de criptomoedas Bybit e Swyftx nos últimos dois dias disseram que vão demitir 30% e 35% de seus funcionários, respectivamente.

Os anúncios foram feitos menos de uma semana depois que a rival maior Kraken revelou cortes semelhantes.

Com as reverberações da implosão da FTX de Sam Bankman-Fried, o CEO da Bybit, Ben Zhou, e seu colega da Swyftx, Alex Harper, deram avaliações francas sobre os desafios enfrentados pelo setor.

Em uma mensagem aos funcionários vista pela Bloomberg News, Harper citou o potencial para mais eventos imprevisíveis, e disse que os volumes de negociação podem sofrer “uma queda potencialmente acentuada” no primeiro semestre de 2023. Zhou sinalizou a possibilidade de que “estejamos entrando em um inverno ainda mais frio do que esperávamos, tanto do ponto de vista do setor quanto do mercado”.

As bolsas estão no epicentro da crise do setor porque os volumes de negociação caíram drasticamente, depois que uma queda de US$ 2 trilhões no valor de mercado dos ativos digitais afastou operadores de varejo.

Além disso, dúvidas sobre se a FTX teria utilizados inapropriadamente fundos de clientes para sustentar a Alameda Research, a corretora de Bankman-Fried, levaram a uma perda de fé nos mercados centralizados.

Depois de um ano de hacks, colapsos e falências, o pessimismo agora toma conta do setor. Uma queda de aproximadamente 70% no preço do Bitcoin para US$ 5.000 no próximo ano está entre os cenários “surpresa” que os mercados podem estar “subestimando”, disse o chefe global de pesquisa do Standard Chartered, Eric Robertsen, em nota. Isso deixaria a moeda digital cerca de 90% abaixo do pico de quase US$ 69.000 em novembro de 2021.

Apesar de toda a preocupação entre os executivos de ativos digitais, talvez a previsão mais sombria para o setor venha de um dos maiores nomes das finanças tradicionais.

O CEO da BlackRock, Larry Fink, um cético das criptomoedas de longa data, disse na semana passada que espera que a maioria das empresas cripto não sobreviva ao caos desencadeado pela quebra da FTX.

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