Chegou a hora do CMN: Inflação em foco, real digital, os segredos de Luiz Barsi e outros destaques do dia

Poucas vezes falou-se tanto em Banco Central (BC), taxa de juro, meta de inflação e política monetária quanto neste primeiro semestre de 2023. O protagonismo do tema é tamanho que até a sonolenta reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) entrou no radar de um público mais amplo que o convencional.

Mas como chegamos a ela? Com o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC sob pressão cada vez maior para baixar os juros dos atuais 13,75% ao ano.

Depois de o Copom ter mantido a taxa sem sinalizar claramente quando um provável alívio terá início, causou estranheza o trecho da ata da reunião segundo o qual a maioria dos diretores era a favor de sinalizar um tom mais brando à sociedade e ao mercado. Uma informação relevante demais para ficar de fora do comunicado, mas vida que segue.

Hoje, logo cedo, o BC divulga o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Para além das projeções macroeconômicas, a cereja do bolo é a entrevista coletiva a ser concedida pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, a partir das 11h.

Somente na parte da tarde é que as atenções se voltarão para o CMN. Campos Neto se reunirá com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, sem o fantasma de uma alteração das metas de inflação para 2023, 2024 e 2025.

O que estará em debate, além da ainda indefinida meta para 2026, é a adoção da meta contínua. Por esse modelo, defendido por Haddad, a evolução do IPCA em 12 meses passaria a ter tanta relevância para o trabalho do BC quanto a inflação no fim do ano.

O resultado do encontro, porém, só será conhecido com a bolsa já fechada. O que não impedirá os investidores de reagirem às expectativas em torno do encontro.

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