Petróleo

China coloca 4 mi de barris de petróleo iraniano em reservas estatais

20 jan 2022, 14:59 - atualizado em 20 jan 2022, 14:59
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O Irã, que fica na quarta maior reserva de petróleo do mundo, depende muito da receita do petróleo, mas as sanções o impediram de bombear perto da capacidade desde 2018 (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

A China descarregou quase quatro milhões de barris de petróleo iraniano em tanques de reserva estatais na cidade portuária de Zhanjiang, no sul do país, nas últimas semanas, disseram uma fonte comercial e a Vortexa Analytics, especializada em rastreamento de navios, nesta quinta-feira.

A medida ocorre no momento em que as potências mundiais estão envolvidas em negociações difíceis com o Irã para trazer de volta um acordo nuclear de 2015 que incluirá a retirada das sanções dos Estados Unidos ao petróleo iraniano. O ex-governo Trump desistiu do acordo e reimpôs sanções.

O Irã, que fica na quarta maior reserva de petróleo do mundo, depende muito da receita do petróleo, mas as sanções o impediram de bombear perto da capacidade desde 2018.

O reabastecimento das reservas estratégicas de petróleo da China também vem antes de um plano para liberar petróleo de seu estoque de emergência em uma rara coordenação com os EUA para ajudar a aliviar os preços globais do petróleo, que atingiram uma máxima alta de sete anos nesta semana.

A China tem importado petróleo iraniano fora do radar, não refletindo nos dados oficiais da alfândega, pois os compradores têm medo de invocar sanções dos EUA.

Na quinta-feira, as alfândegas da China relataram a primeira importação de petróleo iraniano em um ano, apesar das sanções em andamento.

“Esta é a tentativa (da China) de esfriar os preços do petróleo. É basicamente para mostrar ao mundo que há mais oferta, embora esteja disponível apenas para eles”, disse um trader de petróleo que não quis ser identificado porque não está autorizado a falar com a imprensa.

Para evitar as sanções, o petróleo iraniano foi exportado para a China marcado como petróleo de Omã, Emirados Árabes Unidos e Malásia, espremendo oferta do Brasil e da África Ocidental, disseram traders.

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