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China deve importar milho brasileiro para cortar compras dos EUA

13 out 2022, 9:30 - atualizado em 13 out 2022, 9:30
ADM
Cerca de 45 instalações pertencentes a empresas como Bunge, Cargill e ADM foram pré-aprovadas pelo Brasil para exportar para a China, de acordo com uma lista vista pela Bloomberg (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A China pode começar a importar milho do Brasil já em dezembro, parte de um esforço do maior comprador do mundo para reduzir sua dependência dos EUA e substituir suprimentos da Ucrânia reduzidos pela invasão russa.

Cerca de 45 instalações pertencentes a empresas como Bunge, Cargill e ADM foram pré-aprovadas pelo Brasil para exportar para a China, de acordo com uma lista vista pela Bloomberg.

O total final será maior por causa de um grande número de pedidos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada. A lista final provavelmente será enviada para a China em novembro.

Uma alta de mais de 20% nos futuros de milho em Chicago em menos de três meses e a força do dólar também aumentam a urgência de encontrar alternativas de fornecimento.

A China está reduzindo as exportações de amido de milho, um sinal de que o país está preocupado com o abastecimento interno.

Embora o Brasil seja o segundo maior exportador global de milho, a China quase nunca comprou o grão do país nos últimos nove anos, alegando preocupações fitossanitárias.

Em uma reunião este ano em Brasília, as duas nações finalmente chegaram a um acordo sobre diretrizes sanitárias após anos de negociações, abrindo caminho para as compras. A medida ameaça a participação dos EUA nas compras chinesas, que foi de cerca de 70% na temporada 2020-2021.

A Bunge lidera a lista vista pela Bloomberg com 20 unidades aprovadas pelo Brasil para exportar milho para a China. Assim que Pequim aprovar a lista, as empresas negociarão diretamente com os compradores do país asiático. O Ministério do Comércio em Pequim não respondeu a um pedido de comentário.

A China já compra a maior parte da soja brasileira, outro ingrediente de ração para seu enorme rebanho de suínos. A nação asiática tem um histórico de se afastar de suprimentos agrícolas dos EUA em momentos de tensões crescentes, como durante a guerra comercial de 2018 de 2019, e tem um objetivo mais amplo de reduzir a dependência de um único fornecedor.

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