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China reduz previsão de consumo de milho para ração em 21/22 e mantém soja

10 set 2021, 8:46 - atualizado em 10 set 2021, 10:33
Milho
O número foi revisado para 187 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas abaixo da previsão do mês anterior, de acordo com um relatório de safra mensal no site do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais (Imagem: Pixabay/sspiehs3)

A China reduziu suas estimativas para consumo de milho usado na ração animal no período 2021/2022, uma vez que os preços dos suínos continuam baixos, disse o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.

O número foi revisado para 187 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas abaixo da previsão do mês anterior, de acordo com um relatório de safra mensal no site do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

Os dados oficiais são observados de perto, já que a queda nos preços dos suínos na China, o maior produtor e consumidor mundial, continuou a pesar sobre a demanda por ração animal e também impactou o comércio global.

A expansão da produção de suínos deve desacelerar, já que os preços dos porcos continuaram em níveis baixos, reduzindo o consumo de ração, disse o ministério.

Os preços dos animais na China despencaram este ano devido ao aumento da oferta e aos temores de novos surtos de peste suína africana.

Embora o governo tenha tomado medidas para apoiar os preços, eles permaneceram em níveis relativamente baixos.

A China também reduziu suas estimativas de consumo de ração e consumo industrial de milho na safra anterior (2020/21), em 2 milhões de toneladas em relação ao ano anterior, devido aos preços elevados do grão, de acordo com as estimativas mensais.

Suínos
Os preços dos animais na China despencaram este ano devido ao aumento da oferta e aos temores de novos surtos de peste suína africana (Imagem: REUTERS/Tom Polansek)

O consumo de ração para milho em 2020/21 foi visto em 180 milhões de toneladas, enquanto a demanda industrial de milho no ano foi estimada em 80 milhões de toneladas, de acordo com o relatório.

Os produtores de ração reduziram o uso de milho, pois grãos alternativos, como trigo e arroz, tinham uma vantagem para substituir o cereal.

Os processadores de milho também reduziram a taxa de operação nas fábricas com margens em queda, disse o ministério.

O ministério elevou suas estimativas das importações de milho em 2020/21 da China em 4 milhões de toneladas, para 26 milhões de toneladas, em um aumento significativo nos embarques dos EUA.

A estimativa para o consumo de soja em 2021/22 foi mantida estável em 119,08 milhões de toneladas, na comparação com a previsão do mês anterior. Mas o volume representa o crescimento ante 2020/21, quando somou 113,26 milhões.

As previsões para importações de soja pela China também ficaram estáveis em 2021/22, em 102 milhões de toneladas, mas representam um crescimento ante as 98,6 milhões de 2020/21.

(Atualizada às 10:32)

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