Tecnologia

China tem plano de US$ 1,4 tri para liderar corrida tecnológica

21 maio 2020, 13:35 - atualizado em 21 maio 2020, 13:35
China Indústria
Com o maior nacionalismo tecnológico, o investimento deve reduzir a dependência da China de empresas estrangeiras, ecoando os objetivos estabelecidos anteriormente no programa Made in China 2025 (imagem: Reuters/Jason Lee)

O governo de Pequim acelera sua tentativa de liderança global em tecnologias-chave e planeja injetar mais de um trilhão de dólares na economia em projetos que vão desde redes sem fio até inteligência artificial.

No plano diretor apoiado pelo presidente Xi Jinping, a China deve investir US$ 1,4 trilhão em seis anos até 2025 e pede que governos urbanos e gigantes de tecnologia do setor privado, como Huawei Technologies, implementem redes sem fio de quinta geração, instalem câmeras e sensores e desenvolvam software de inteligência artificial para aplicação em condução autônoma, fábricas automatizadas ou vigilância em massa.

A nova iniciativa de infraestrutura deve favorecer gigantes locais como Alibaba, Huawei e SenseTime em detrimento de empresas americanas.

Com o maior nacionalismo tecnológico, o investimento deve reduzir a dependência da China de empresas estrangeiras, ecoando os objetivos estabelecidos anteriormente no programa Made in China 2025.

Tais iniciativas já atraíram críticas ferozes do governo Trump, resultando em medidas para bloquear a ascensão de empresas de tecnologia chinesas como a Huawei.

“Nada disso aconteceu antes, é a aposta da China para vencer a corrida tecnológica global”, disse Maria Kwok, diretora de operações da Digital China, sentada em um escritório de Hong Kong cercado por câmeras e sensores de reconhecimento facial. “A partir deste ano, vamos realmente começar a ver o fluxo de dinheiro.”

A iniciativa de investimento em tecnologia faz parte de um pacote fiscal que aguarda aprovação de parlamentares na China, que se reúnem nesta semana. O governo deve anunciar um financiamento de infraestrutura de até US$ 563 bilhões neste ano, tendo como pano de fundo o pior desempenho econômico do país desde a era Mao.

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