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Citibank volta a expressar interesse em metaverso e blockchain

11 ago 2022, 15:58 - atualizado em 11 ago 2022, 15:58
Citibank metaverso blockchain
(Imagem: Leonardo Rubinstein Cavalcanti/Crypto Times)

O Citibank expressou novamente seu interesse pelo metaverso em apresentação feita nesta quinta-feira (30) no Citi Center, em São Paulo. Além do interesse, o banco voltou a comentar que o metaverso pode chegar a US$ 13 trilhões até 2030.

No dia 30 de março, o Citi já havia divulgado o mesmo relatório em que dizia que a economia do ambiente virtual poderá crescer exponencialmente.

Um dos principais motivos seria a adoção em massa do metaverso. Para o banco, cerca de 5 bilhões de pessoas podem interagir com o ecossistema até 2030.

O metaverso e a versão Web 3.0

Em conversa com Driss Temsamani, Head de Digital no Citi Latin America, foi exemplificado as aplicações econômicas reais que esse ambiente digital poderiam ter e como o banco pretende participar do meio. Segundo ele, a Web 3.0 é a estrutura perfeita para a construção de uma estrutura econômica.

Não obstante, Temsamani ainda diz que a Web 2.0 é a pior infraestrutura possível para estabelecer uma economia virtual de negócios.

“Pense na internet como uma rede de dados em que empresas conectadas entre si são donas. No sistema financeiro, por exemplo, cada banco tem sua própria rede de dados. Para operarem entre si, é necessário checagem de dados entre ambos os sistemas. Isso gera não somente atraso de tempo, como também de custos”, explica.

Segundo ele, esse atraso é passado adiante ao consumidor final. Por isso, Temsamani avalia que quando se fala em inclusão financeira, é indiscutível a implementação da tecnologia cripto.

“Quando é falado que diversas pessoas não têm acesso a serviços financeiros, não é porque os bancos não querem prover isso. Simplesmente não é lucrativo. Na visão de uma instituição privada com fins lucrativos, não faz sentido”, diz.

Ou seja, com a estrutura atual, não faz sentido para o banco, uma pessoa receber acesso somente para fazer pagamentos e não realizar empréstimos ou depósitos.

“A internet [Web 2.0] é ótima para compartilhar informação, mas para transferência de valor é ineficiente”, completa.

Para ele, a tecnologia blockchain pode trazer esse metaverso onde possibilitará uma economia mais rápida, barata e interoperacional.

Qual será a moeda do metaverso?

Para ele, as moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs), terão uma parte fundamental nesse novo ambiente. A regulação e controle de emissão, por parte de um órgão centralizado, é a chave para essa economia virtual funcionar.

Esse sistema monetário virtual utilizaria diversas camadas de blockchains de interoperabilidade entre outras CBDCs.

“Quando eu for trocar o Real Digital pela moeda Nigeriana Digital, por exemplo, será feito câmbio através de um blockchain utilizando contratos inteligentes. Muito mais rápido e menos custoso do que é atualmente”, diz.

Existem diversos incentivos possíveis para facilitar a adoção das CBDCs como um imposto sobre transação menor do que o atual, segundo ele.

Grande parte da população mundial, conforme Temsamani, ainda utiliza papel moeda simplesmente pelo fato de não querer pagar mais impostos em transferências monetárias via internet. Para ele, uma estrutura a base da tecnologia blockchain traria esse público de forma natural.

O modelo de negócios no metaverso

O Head de Digital no Citi Latin America discorre também acerca do modelo de negócios que existe, e pode vir a surgir, no ambiente virtual.

Segundo ele, grande parte será um movimento de infraestrutura que pode vir com a adoção em massa da população:

  • Economias do desenvolvedor/criador, jogos: Desenvolvedor de terceiros; base que vende experiências e acessórios.
  • Anúncios virtuais: Marketing; oportunidades dentro de mundos virtuais e jogos.
  • Espaços Virtuais, Comunidades: Espaço de escritório virtual; plataformas para socializar e colaborar; cidades virtuais.
  • Comércio Social: Venda de produtos virtuais em shoppings virtuais.
  • Eventos digitais: Centro social para usuários que oferecem shows virtuais; estreias de filmes.
  • Carteiras: Habilitar transações em moedas digitais, custódia de compras digitais.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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