Setor Elétrico

CMSE aprova ações para ampliar geração termelétrica em meio à crise hídrica

05 ago 2021, 8:47 - atualizado em 05 ago 2021, 8:47
Energia Eletrica
Segundo nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, o encontro também destacou que ações para a entrada em operação de novos empreendimentos de geração e transmissão têm apresentado “bons resultados” (Imagem: Pixabay/AshrafChemban)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) indicou em reunião realizada na quarta-feira novas deliberações para garantia da oferta de energia em meio à crise hídrica enfrentada pelo Brasil, incluindo a disponibilização de um terceiro navio regaseificador no terminal de Pecém, no Ceará, para fornecimento de gás natural a usinas termelétricas.

Segundo nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, o encontro também destacou que ações para a entrada em operação de novos empreendimentos de geração e transmissão têm apresentado “bons resultados”, com a inserção ao sistema de 2.305 megawatts (MW) em capacidade instalada de geração e 4.018 km de linhas de transmissão até o momento neste ano.

O CMSE reiterou, disse a pasta, a busca por ações para aumentar o fornecimento de energia elétrica por meio de térmicas a óleo diesel e gás natural, uma vez que a pior seca em 91 anos em hidrelétricas tem afetado a geração da principal fonte de energia do país.

“Também foram destacadas ações para a manutenção do suprimento e escoamento de gás natural do pré-sal e da Plataforma de Mexilhão, tais como a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara, de 20 milhões para 30 milhões de metros cúbicos/dia”, afirmou a pasta.

O CMSE ainda autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a flexibilizar a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), visando ampliar o intercâmbio entre os subsistemas e aproveitar os excedentes energéticos regionais.

O governo também citou o início do recebimento –a partir desta quarta-feira– de ofertas de geração de energia de usinas termelétricas à biomassa, afirmando que os recursos “serão essenciais ao longo dos anos 2021 e 2022.”

Em relação à geração hidrelétrica, o comitê indicou a realização de uma série de estudos, incluindo para a permanência da flexibilização hidráulica nas usinas de Jupiá e Porto Primavera no próximo período úmido; a flexibilização temporária da Regra de Operação do Rio São Francisco; e as condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para o período úmido em 2021 e 2022.

“Além dessas ações que visam aumentar a oferta de energia elétrica, foi solicitado à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a realização de estudos para incentivar os consumidores regulados, de forma voluntária, a reduzir o consumo de energia elétrica, em linha com o programa de resposta voluntária da demanda para grandes consumidores”, acrescentou a pasta.

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