Mercados

Com apoio de NY, Ibovespa fecha em alta e se aproxima de máxima histórica

24 maio 2021, 17:16 - atualizado em 24 maio 2021, 17:56
Ibovespa
O Ibovespa subiu 1,17%, a 124.031,62 pontos (Imagem: REUTERS/Ralph Orlowski)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta segunda-feira, aproximando-se da máxima histórica, favorecido por Wall Street e com as units do Banco Inter (BIDI11) disparando quase 25%, após divulgar acordo com StoneCo e planos de listar na Nasdaq (US100).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,17%, a 124.031,62 pontos, aproximando na máxima histórica de fechamento de 125.076,63 pontos de 8 de janeiro. O recorde intradia é de 125.323,53 pontos. O volume financeiro da sessão somou 28,8 bilhões de reais.

Em Nova York, o S&P 500 encerrou em alta de 0,99%, em sessão positiva para o setor de tecnologia, apoiado na queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

“A expectativa de recuperação econômica junto ao avanço da vacinação nos EUA são contrapontos em relação à preocupação de uma terceira onda de Covid no Brasil e em outros países em desenvolvimento”, avaliou o líder de Operações de Renda Variável da Bluetrade, Patrick Johnston de Oliveira.

Destaques

Banco Inter (BIDI11) disparou 24,83%, após o banco digital anunciar planos para listagem de papéis na Nasdaq e que também planeja uma oferta de ações no Brasil em que a StoneCo vai investir até 2,5 bilhões de reais, equivalentes a até 4,99% do capital social da instituição. STONECO subiu 0,16% em Nova York.

Magazine Luiza (MGLU3) valorizou-se 7,93%. Relatório do BTG Pactual (BPAC11) reiterou recomendação de compra para as ações e elevou o preço-alvo de 23 a 26 reais. Os analistas disseram que embora o curto prazo pareça menos otimista dada a desaceleração no canal online, “o legado de consumidores migrando para o digital e os recentes investimentos para aumentar o engajamento em sua plataforma devem levar para uma expansão mais forte do GMV e melhoria da lucratividade nos próximos anos”.

Locaweb (LWSA3) subiu 7,54%, acompanhando o desempenho mais forte de ações de tecnologia, reduzindo as perdas acumuladas em maio até o momento.

No mesmo contexto, Totvs (TOTS3) fechou em alta de 5,41%.

BRF (BRFS3) fechou em baixa de 2,67% após subir quase 29% na semana passada, com a Marfrig confirmando no final da sexta-feira a compra de cerca de 24% do capital da dona das marcas Sadia e Perdigão.

Marfrig (MRFG3) caiu 0,33%. Uma fonte ouvida pela Reuters afirmou que a Marfrig tentou adquirir o controle da rival Minerva antes de anunciar o operação com as ações da BRF. Minerva (BEEF3) subiu 1,76%.

Iguatemi (IGTA3) perdeu 2,14%, reflexo de realização de lucros, uma vez que até a última sexta-feira figurava entre as maiores valorizações do Ibovespa em maio.

Analistas do Bradesco BBI iniciaram a cobertura do setor de shopping centers com recomendação “neutra” para Iguatemi, argumentando que veem alternativas estratégicas limitadas para crescer além do portfólio existente e flexibilidade limitada para movimentos estratégicos revolucionários.

Vale (VALE3) subiu 0,35%, revertendo perdas do começo da sessão, apesar de mais um tombo nos preços do minério de ferro na China, após o órgão de planejamento estatal chinês ter alertado sobre manipulações de preços de commodities e afirmado que vai agir para conter negociações especulativas.

No setor de mineração e siderurgia, Gerdau (GGBR4) caiu 2,89% e Csn (CSNA3) recuou 1,03%, mas Usiminas (USIM5) fechou com acréscimo de 0,91%.

Petrobras (PETR4) subiu 1,7%, alinhada com a alta dos preços do petróleo no exterior.

A companhia também anunciou programa de investimentos de 300 milhões de dólares até 2025 para refinarias que não estão no seu plano de desinvestimentos.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) cederam 0,27% cada.

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