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Com modelo único no mercado, Westwing deve mais que triplicar de tamanho até 2023

22 mar 2021, 12:27 - atualizado em 22 mar 2021, 12:27
Westwing
“O histórico de sucesso da empresa em implementar campanhas levou consumidores e fornecedores a associar Westwing a bom gosto e alta qualidade”, afirmou a XP Investimentos (Imagem: Westwing/Divulgação)

A XP Investimentos iniciou a cobertura das ações do Westwing (WEST3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17 para o fim de 2021. A equipe de análise da corretora está otimista com a tese de investimento da companhia, uma vez que ela está inserida em um cenário favorável de digitalização do varejo, possui um modelo único de negócios e conta com alavancas de crescimento interessantes.

Mesmo com o risco de competição no mercado (MadeiraMadeira, Mobly (MBLY3), Tok Stok, Home24 e Wayfair como concorrentes), a XP acredita que o Westwing tem muito potencial para crescer no segmento de casa e decoração, categoria fragmentada e com e-commerce ainda pouco explorado no Brasil em comparação a outros países, como Reino Unido e Coreia do Sul.

“Vemos muito espaço para o Westwing crescer, tanto através de ganho de participação de mercado como com o aumento da digitalização da categoria”, afirmaram os analistas de Varejo Danniela Eiger, Marco Nardini e Thiago Suedt.

Até 2023, a expectativa é de que a empresa mais que triplique de tamanho.

O CAGR (taxa de crescimento anual composta) de vendas estimado entre 2020 e 2025 é de 50%, o que implica uma participação de mercado de 2% ao fim de 2025 (contra aproximadamente 0,5% hoje), ou 12% apenas no comércio eletrônico (contra 3% hoje).

Modelo de negócios único

De acordo com a XP, o modelo de negócios baseado em campanhas é um dos principais diferenciais do Westwing. Os analistas afirmaram que a iniciativa resulta em “uma experiência de descoberta e inspiração que se assemelha a andar em um shopping”.

Casa, Decoração
O Westwing tem muito a crescer no mercado de casa e decoração, categoria fragmentada e com e-commerce ainda pouco explorado no Brasil (Imagem: Unsplash/Howard Bouchevereau)

A curadoria diferenciada da empresa é um pilar fundamental para os negócios. Segundo a XP, ela é essencial para traduzir a experiência de “compras por impulso/lazer” para o e-commerce enquanto permite ter um modelo 1P (compra estoque e vende para consumidores com margens) com benefícios do 3P (nenhum/baixo risco de estoque). Isso coloca o Westwing em uma posição de destaque tanto para marcas quanto para consumidores.

“O histórico de sucesso da empresa em implementar campanhas levou consumidores e fornecedores a associar Westwing a bom gosto e alta qualidade. Com isso, fornecedores usam a plataforma para construir, alavancar ou até mesmo reposicionar suas marcas, enquanto os consumidores a usam para descobrir marcas e/ou produtos de alta qualidade”, comentaram Eiger, Nardini e Suedt.

O Westwing também possui produtos exclusivos e de marca própria com preços competitivos, o que gera maior engajamento por parte dos consumidores.

Para alavancar a plataforma, a empresa está desenvolvendo novas soluções e expandindo algumas linhas de negócio.

Além do lançamento da plataforma WestwingNow, o Westwing está trabalhando para expandir as categorias de lifestyle, investir em sua própria marca e melhorar a experiência do cliente.

Ainda, a companhia pretende expandir suas operações no varejo físico (abertura de 54 lojas até 2025) e se tornar cada vez mais multicanal. A XP enxerga alguns riscos de execução nesse plano, mas acredita que ele representa mais uma iniciativa de marketing do que uma avenida de crescimento de receitas ao Westwing.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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