Covid Zero

Com o fim da Covid Zero, China registra quase 60 mil mortes por covid-19 em um mês

14 jan 2023, 14:32 - atualizado em 14 jan 2023, 15:17
Covid China
China informa quase 60 mil mortes por covid-19 no país em apenas um mês, em reflexo ao abandono da política de Covid Zero no país (Imagem: REUTERS/Staff)

A China informou neste sábado (14) quase 60 mil mortes por covid-19 no período de um mês. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês), entre 8 de dezembro e 12 de janeiro foram registrados 59.938 óbitos pela doença apenas nos hospitais.

Esta é a primeira vez que a China anuncia dados oficiais sobre o coronavírus desde que abandonou a política de Covid Zero, na virada do ano.  O número representa um salto enorme no país.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que até novembro de 2022, a região territorial chinesa – que exclui Taiwan e Hong Kong – possuía menos de 6 mil mortes por covid-19.

Entenda a evolução da covid-19 na China

Desde a descoberta do primeiro surto de coronavírus, em Wuhan, na virada de 2019 para 2020, a China implementou uma política chamada Covid Zero. A estratégia de combate e prevenção baseava-se em rastrear, testar, isolar e tratar as pessoas infectadas ou que tiveram contato com contaminados.

Ao longo dos dois anos seguintes, essa abordagem ganhou um caráter dinâmico. O tempo de duração dos lockdowns e as áreas bloqueadas diminuíram, de modo a minimizar o impacto na economia e na sociedade chinesa.

Essa fase também adaptou-se ao caráter menos letal, ainda que mais infeccioso, do vírus. Tal processo foi fundamental para preparar para uma flexibilização dos controles.

Protestos saem de cena junto com a Covid Zero

Já em novembro de 2022, a China divulgou as primeiras 20 medidas para flexibilizar a estratégia de combate no âmbito da Covid Zero. Entre elas, estavam a redução do tempo de quarentena obrigatória para voos de chegada; a diminuição do tempo de isolamento para infectados ou suspeitos e também da necessidade dos testes em massa.

No fim do mesmo mês, uma onda de protestos em várias cidades chinesas revelou a frustração e o cansaço de parte da população com as medidas restritivas. Agitações civis foram vistas nas principais capitais, como Pequim e Xangai, além de algumas universidades.

Em reação, no início de dezembro do ano passado, o governo chinês decidiu revogar praticamente todas as medidas de contenção do coronavírus dos últimos três anos.

O último resquício da Covid Zero foi desfeito no domingo passado (8). Neste dia, a China reabriu suas fronteiras para o mundo, depois de ficar fechada por cerca de mil dias.

Covid-19 é rebaixada

Além disso, juntamente com o fim da Covid Zero, a China rebaixou a classificação da doença. Desde o mês passado, a covid-19 é considerada menos perigosa que a cólera e a peste, ambas tidas como Classe A.

A classe B é a mesma que inclui SARS, AIDS e tuberculose. Com isso, a nova política concentrou-se na vacinação.

Ainda segundo a OMS, quase 1,3 bilhão de pessoas – do total de 1,4 bilhão de habitantes – na China estão totalmente vacinadas contra a covid-19.  Ou seja, tomaram ao menos duas doses da vacina.

Além disso, ao classificar a covid-19 como Classe B, a frequência de divulgação dos dados da doença passou a ser mensal. Os números mensais incluem os casos hospitalizados e o total de mortes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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