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Com vendas lentas de trigo, janela de exportação pode ser perdida, diz FecoAgro

13 dez 2022, 10:56 - atualizado em 13 dez 2022, 10:56
Trigo
Segundo Paulo Pires, “o produtor não está vendendo, então as cerealistas e as cooperativas também não estão vendendo” (Imagem: Pixabay/WeAppU)

O produtor de trigo do Rio Grande do Sul já vendeu parte importante de sua safra recorde de 2022, mas há uma parcela dos agricultores que ainda reluta em vender nos preços atuais, o que pode levar o Estado a não atingir todo o seu potencial de exportação nos próximos meses, disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), nesta terça-feira.

Segundo Paulo Pires, “o produtor não está vendendo, então as cerealistas e as cooperativas também não estão vendendo”.

“Então temos um número baixo de navios aportando para carregar este produto, tem preocupação de perder a janela (de exportação), pois temos até março para trabalhar com a exportação”, disse Pires a jornalistas, em uma conferência online.

Após março, as exportações de soja tendem a ganhar espaço nos embarques ao exterior, após a colheita da oleaginosa, o que limita despachos de trigo.

Se o agricultor tivesse aproveitado mais as oportunidades de comercialização anteriores, disse Pires, o Rio Grande do Sul (maior produtor de trigo do Brasil) teria potencial de exportar entre dezembro e fevereiro cerca de 1,5 milhão de toneladas por mês, ou 4,5 milhões de toneladas ao todo nesses três meses.

Ele avaliou que os produtores já realizaram vendas de cerca de 2 milhões de toneladas. Apesar do volume abaixo do desejado, ele considera que o Estado poderá exportar “mais de 3 milhões de toneladas tranquilamente”.

Mas “é importante que o produtor se conscientize, sem a janela de exportação, não vamos ter condição de sustentar os preços”.

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