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Como a ansiedade pode prejudicar o rendimento no ambiente corporativo?

07 ago 2022, 7:00 - atualizado em 07 ago 2022, 8:50
Alexandre Carli
Veja as recomendações do doutor Alexandre Carli (CRM 13.280 PE) para driblar a ansiedade no trabalho. (Imagem: Divulgação)

Um mal silencioso pode estar atrapalhando a sua carreira profissional. A ansiedade, de uma forma simples de ser entendida é a expectativa menos a realidade. Ou seja, é aquilo que pode acontecer, menos aquilo que está acontecendo.

O homo sapiens só sobreviveu e evoluiu, porque um pouco de ansiedade era essencial para a sobrevivência. Antecipar possíveis ameaças, fizeram parte do instinto e do hesito da sobrevivência humana.

A grande questão, é que, quando esta antecipação passa a ser excessiva, e desmotivada, temos um problema. Isto porque a ansiedade pode levar à diversos sintomas físicos e emocionais, que podem atrapalhar o indivíduo nas suas relações afetivas, familiares e profissionais.

Quando falamos de ambientes corporativos, aí a coisa fica séria. Nestes tempos de hoje, tudo é para ontem, as metas estão lá sempre para serem superadas, os smartphones não nos deixam desligar um único minuto; as mensagens, os e-mails, as cobranças, chegam à todo momento.

O excesso de informações, a síndrome do pensamento acelerado, aquela rotina onde mal arrumamos tempo para comer qualquer coisa que seja rápida, sedentarismo, trabalho em excesso à noite, atrapalhando o sono, dieta desequilibrada, tudo isto corrobora para a piora da ansiedade.

E a ansiedade no trabalho, pode piorar e muito, o desempenho de um profissional que precisa lidar com multitarefas, pois ela começa à desequilibrar este indivíduo, e uma pessoa desequilibrada jamais estará em sua plena capacidade laboral.

Se esta pessoa for um líder, e precisar coordenar uma equipe, aí a coisa fica ainda mais séria, pois poderemos ter uma queda de produção não só de uma pessoa, mas de uma cadeia.

Pode haver queda de produtividade, dificuldade de relacionamento com a equipe, afastamento da empresa por motivos de saúde, pois a ansiedade excessiva reduz imunidade e predispõe à doenças, etc.

Mas e aí, o que fazer? Veja as recomendações do doutor Alexandre Carli (CRM 13.280 PE).

Recomendações

A grande questão, é que nosso estilo de vida, irá refletir de forma direta na ansiedade, que por sua vez irá refletir no trabalho. É como um efeito dominó.

Aquela famosa frase “eu separo da vida pessoal da profissional “ é a maior falácia que pode existir. Somos serem únicos e indivisíveis. É óbvio que fatores genéticos também poder estar envolvidos na ansiedade, mas os fatores genéticos são acionados pelos gatilhos da má qualidade de vida.

Quais seriam então as dicas práticas para melhorarmos nosso estilo de vida, e melhorarmos a ansiedade?
Eu gosto de usar o acrônimo SHINE, de “brilho” em inglês, onde cada letra representa um ponto à ser abordado.

É necessário haver uma higiene do sono, para que possamos descansar, relaxar, precisamos atingir o sono profundo, conhecido como sono “REM”, deixar nosso cérebro fazer as conexões necessárias para seu bom funcionamento. Um sono reparador, é crucial para uma boa saúde física e mental.

Evitar alimentos em excesso à noite, evitar telas que emitam luz azul ( computador, celular ) antes de dormir, evitar uso de cafeína 5h antes de dormir, são algumas estratégias para melhoria do sono.

Regular os hormônios são outra estratégia para reduzir a ansiedade. Aqui em particular, me refiro ao cortisol.

Este hormônio, não é um vilão, muito pelo contrário, é um hormônio importantíssimo em momentos de “luta ou fuga”, em momentos de estresse físico ou metabólico, só que, quando passamos à ficar constantemente em estado de alerta, por conta da ansiedade generalizada, este ciclo do cortisol, que tem um padrão de começar alto pela manhã e ir caindo à noite, se altera, e aí isto pode afetar nosso sono, nosso metabolismo, pode causar uma espécie de estresse crônico, etc.

Ou seja, o cortisol, é um hormônio importante, porém a sua produção errática, passa a ser prejudicial. Dicas práticas: realizar atividades físicas, meditar, ter um hobby, evitar consumo de estimulantes, meditar, etc.

O intestino, é outro muito importante na ansiedade. Talvez o mais importante de todos. Existem células específicas do intestino, que produzem serotonina, que gera efeitos no sistema nervoso central. A serotonina é como se fosse o nosso “antidepressivo” natural.

A serotonina por sua vez, é produzida através de um aminoácido chamado triptofano, comum na banana, no queijo, no chocolate amargo, amêndoas, nozes, etc. Logo, quanto mais triptofano, mais serotonina certo?

Depende! Existe uma flora intestinal, que precisa estar em equilíbrio, e quando o intestino está com suas bactérias alteradas, pelo estresse, consumo excessivo de alimentos industrializados, ocorre um consumo excessivo deste triptofano, e a produção da serotonina passa a ser prejudicada.

Por isto uma alimentação ruim, tão comum hoje em dia, pode causar ou piorar a ansiedade.

As suas últimas letras do SHINE, são nutrição e exercícios. É inegável o papel da nutrição na saúde, e na prevenção da ansiedade. Como já foi citado, alimentos têm capacidade de fornecerem substrato para a formação da serotonina, um dos principais neurotransmissores da “felicidade e do bem estar”.

Os exercícios também possuem um papel importante na melhoria da produção de serotonina, por isto, é comum após a prática de atividade física aquela sensação de “bem estar”.

Reitero então, que as pessoas que querem performar de forma acima da média em seus ambientes corporativos, precisam entender que seus hábitos de vida, irão influenciar diretamente em seus resultados profissionais.

A performance profissional, precisa estar ligada à performance pessoal, e especialmente quando falamos em ansiedade, este vínculo torna-se ainda mais necessário, mecanismos estes, explicados pelo SHINE, método que uso em minha clínica, e ensino meus alunos médicos, para otimizarem as performance dos empresários que nos procuram.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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