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Como a inteligência artificial (IA) e o ChatGPT podem aquecer ainda mais o mercado de jogos?

29 abr 2023, 18:00 - atualizado em 28 abr 2023, 10:50
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Pesquisa de 15 de fevereiro deste ano feita pela Inworld AI, empresa focada em inteligência artificial para entretenimento, 79% dos jogadores dos EUA disseram que estão entusiasmados com personagens não-jogadores de IA avançada em jogos. (Imagem: Pixabay/danymena88 )

Quem já assistiu ao filme ‘Free Guy’, dirigido por Taika Waititi, sabe bem como seria caso os personagens não jogáveis, ou NPCs, utilizassem inteligência artificial. Àqueles que não viram, basta saber que a interação com um personagem pode, e está, ficando cada vez mais real. E isso pode aquecer ainda mais um mercado bilionário, que é o de jogos.

No filme, ‘Guy’, interpretado por Ryan Reynolds, é um personagem não jogável. Os NPCs são personagens inseridos no jogo para fazer parte da narrativa do protagonista.

Estes personagens são aqueles secundários, com falas e diálogos específicos e pré-selecionados para interagir com o jogador principal, o ser humano neste caso. Ao menos até agora.

Mas a vida imita a arte, e a inteligência artificial está sendo integrada em diversos setores da sociedade, sendo os videogames (um mercado bilionário) um deles. E as integrações mais recentes e interessantes tem a ver com os NPCs.

Em um dos casos, um YouTube integrou o ChatGPT, chatbot de inteligência artificial da OpenAI, ao jogo de mundo aberto Skyrim. Ao realizar tal façanha, os personagens com cinco, ou no máximo seis falas, agora dialogam sobre o clima, ´itens do jogo”, e podem lembrar de você.

O feito foi possível unindo a capacidade do ChatGPT em gerar textos mais humanizados, e buscar informações em um grande banco de dados. Depois disso, foi preciso apenas juntar tudo com um programa que fosse capaz de falar os textos gerados. ‘Guy’ foi criado.

Pesquisa de 15 de fevereiro deste ano feita pela Inworld AI, empresa focada em inteligência artificial para entretenimento, 79% dos jogadores dos EUA disseram que estão entusiasmados com personagens não-jogadores de IA avançada em jogos.

A pesquisa “O futuro dos NPCs: o que os jogadores exigem dos personagens da próxima geração” foi realizada com 1.002 jogadores de 15 a 50 anos, nos Estados Unidos.

Os jogadores também compartilharam sua empolgação em jogar com NPCs gerados por inteligência artificial. Na mesma pesquisa, 81% dos entrevistados afirmam que a evolução da IA nos personagens não jogáveis faria com que pensassem em pagar mais pelo jogo.

Além disso, 79% comenta que comprariam um jogo que possui NPCs com inteligência artificial em seu código. 84% deles também dizem acreditar que os NPCs tem um papel vital na jogabilidade e na história do jogo.

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Inteligência artificial é o futuro dos jogos AAA, diz investidor

Tudo isso chegou a impressionar inclusive Roberto Nickson, investidor e criador da plataforma Eluna.ai, que comentou sobre o assunto. Para ele, tudo isso é o futuro dos jogos AAA (de primeira linha) 

“O futuro dos jogos de mundo aberto AAA. Este é um mod Skyrim VR do YouTuber ‘Art from the Machine’ que permite que você converse com NPCs usando o ChatGPT. Os NPCs têm seus próprios prompts personalizados com base em seus antecedentes exclusivos, o que permite que o ChatGPT interprete esse personagem. Há também um sistema de memória configurado para permitir que os NPCs se lembrem de conversas anteriores com o jogador.”

Em outro exemplo, Nickson comenta sobre um aplicativo de inteligência artificial que foi desenvolvido através de sua plataforma Eluna.ai. O aplicativo para IOS, chamado ‘CallAnnie’, permite que o usuário faça uma videochamada com um personagem e converse de maneira bastante natural.

A expressão facial é um ponto para o qual o investidor chama a atenção. “eu fiquei muito impressionado com sua capacidade de resposta, expressão natural e linguagem”.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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