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Como Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) mudam leitura de resultados do Itaú (ITUB4)

11 nov 2022, 10:13 - atualizado em 11 nov 2022, 15:45
Itaú
Itaú foi afetado pelo aumento sistêmico da inadimplência no país, apesar de em menor nível do que a concorrência.

Os resultados de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) tornam a leitura do terceiro trimestre do Itaú Unibanco (ITUB4) ainda melhor, segundo analistas. O banco divulgou o balanço nesta quinta-feira (11) com números dentro do esperado, depois que as duas instituições concorrentes surpreenderam negativamente o mercado.

“Os seus resultados continuaram a se beneficiar do recente crescimento da sua carteira de crédito, bem como de uma gestão de risco equilibrada (que lhe permitiu manter sua inadimplência sob controle)”, disse a XP Investimentos em relatório assinado por Renan Manda e Matheus Guimarães.

O avanço das provisões por inadimplência é justamente um ponto sensível para os bancos em um momento da taxa básica de juros a níveis elevados. A tendência, dizem analistas, é de que uma carteira com uma peso maior de rendas mais baixas seja mais afetada de forma negativa.

Para a XP, a inadimplência sob controle do Itaú permitiu melhores resultados e rentabilidade “robusta”, com a linha ROAE de 21,0%. “Reiteramos o Itaú (ITUB4) como nosso atual preferência do setor, com preço-alvo de R$ 31″, disse a corretora.

O Itaú teve lucro recorrente gerencial de R$ 8,07 bilhões, alta de 19%, depois que ITUB4 fechou ontem cotado a R$ 27,62. As ADRs, no entanto, disparavam quase 5% no pré-mercado em Nova York, por volta das 10h desta sexta.

Inadimplência no Itaú

A Empiricus destacou que o Itaú foi afetado pelo aumento sistêmico da inadimplência no país, apesar de em menor nível do que a concorrência.

“O índice de empréstimos atrasados há mais de 90 dias cresceu 0,1 p.p., para 2,8% da carteira de crédito – para os pares privados, o aumento foi de, no mínimo, 0,3 p.p”, disse em relatório assinado por Larissa Quaresma.

Um ligeiro aumento nos descontos concedidos pelo Itaú contribuiu para uma provisão para perdas total de R$ 8,0 bilhões, disse a casa de análises. O patamar, no entanto, representa um crescimento em linha com a carteira de crédito, disse.

“Aqui, ajudam o perfil conservador da carteira de Itaú, além do mix de clientes mais focado nas média e alta renda. Com isso, a margem financeira após inadimplência cresceu 5% trimestralmente, para R$ 15,9 bilhões”. 

Para o BTG Pactual, o Itaú parece estar superando seus pares privados praticamente em todos as linhas do balanço. O banco avaliou que a instituição vem gerenciando melhor sua carteira de crédito e seu ALM.

“Mensurar o quão bem um banco está progredindo em sua transformação digital não é fácil, mas como sinalizado muitas vezes no passado, nossa sensação é que o Itaú é quem está fazendo o melhor trabalho, e talvez os resultados já estejam aparecendo”, disse em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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