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Como cripto pode ajudar a reduzir a pobreza mundial

31 maio 2020, 11:00 - atualizado em 29 maio 2020, 17:40
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Fornecedores de serviços de remessas on-line cobram baixas taxas e facilitam o processo de envio e recebimento de dinheiro, já que ir a uma agência bancária não é mais necessário (Imagem: Pixabay/nikhilNarayane)

Criptoativos são uma febre entre investidores mais experientes. No entanto, a tecnologia tem o potencial de mudar a sociedade bem além disso.

Criptoativos podem fornecer acesso a serviços financeiros para populações menos favorecidas em países emergentes, bem como o potencial de reduzir a pobreza mundial ao facilitar o acesso a recursos capitais e financeiros, além de permitir transações entre pequenas empresas.

A necessidade de apoio financeiro para desbancarizados e sub-bancarizados

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo são desbancarizadas e sub-bancarizadas, ou seja, não possuem acesso a serviços básicos como contas-corrente e empréstimos caso tenham uma emergência financeira.

Isso faz com que essas pessoas — geralmente as mais pobres — não tenham acesso a formas legítimas de empréstimo, como cartões de crédito e, assim, estão vulneráveis a agiotas e outras práticas predatórias de empréstimo.

Esses tipos de empréstimo predatório incluem altas taxas de juros e resultam em instabilidade financeira entre os que têm menos capital e recursos.

A tecnologia pode ajudar a fornecer ambos os serviços e permitir que essas pessoas criem uma identidade bem-estabelecida no futuro (Imagem: Freepik/pikisuperstar)

Como a tecnologia pode facilitar o acesso a serviços bancários

O objetivo da inclusão financeira exige que serviços bancários sejam acessíveis em locais com poucas agências bancárias.

No mundo desenvolvido, o método principal das pessoas de acesso pela internet é por meio de celulares em vez de computadores, então faz sentido usar a plataforma para fomentar a inclusão bancária.

A certo nível, serviços por celular ajudaram a levar serviços bancários a essa população, mas as taxas administrativas ainda não muito altas.

Também existem inúmeras pessoas que não possuem uma identidade estabelecida na forma de registros bancários ou histórico de crédito e é muito difícil para elas acessarem serviços financeiros.

A tecnologia pode ajudar a fornecer ambos os serviços e permitir que essas pessoas criem uma identidade bem-estabelecida no futuro.

O que tem de tão especial no blockchain?

A tecnologia blockchain e de criptoativos, em particular, pode fornecer acesso a serviços financeiros para pessoas desbancarizadas ou sub-bancarizadas.

Antes era difícil entender e usar tecnologias blockchain, mas uma onda de aplicativos e serviços facilitaram a compreensão e o uso dessas tecnologias.

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A tecnologia blockchain pode melhorar a transparência e limitar a corrupção por meio de sistemas de automatização e digitalização (Imagem: Freepik)

A grande vantagem do blockchain em relação a outras estruturas financeiras é que é verdadeiramente internacional — diferente de outros métodos de pagamento centralizados, criptoativos podem ser negociados em diversos países por qualquer pessoa do mundo.

Uma outra vantagem da ponte entre criptoativos e serviços financeiros aos desbancarizados são os baixos custos de transação.

Já que esses serviços não têm franquias físicas que possuem custos de operação graças à rede distribuída do blockchain, essa economia de dinheiro pode ser direcionada para usuários na forma de taxas reduzidas de transação.

Isso permite a transferência de pequenas quantias de dinheiro entre indivíduos ou empresas, removendo um obstáculo do acesso às transações financeiras.

Por fim, a tecnologia blockchain pode melhorar a transparência e limitar a corrupção por meio de sistemas de automatização e digitalização.

Sistemas blockchain mantêm um registro de transações financeiras em um registro distribuído que não pode ser manipulado por pessoas ou empresas, além de evitar fraude e roubo.

Por esse motivo, o blockchain passou por testes para a supervisão de registros de terras e contratos governamentais na Suécia e no Japão; esses benefícios também poderiam se espalhar para países emergentes.

Square, do criador do Twitter, visa facilitar o pagamento e recebimento de empresas em bitcoin para pequenos empreendedores (Imagem: Twitter/Square)

O papel de pequenas empresas na diminuição da pobreza

Uma forma de aumentar a riqueza de países emergentes é facilitar o crescimento de pequenas empresas. Quando as pessoas têm acesso a pequenos empréstimos para começar uma empresa, podem desenvolver um fluxo contínuo de renda para si próprias enquanto fornecem um serviço para sua comunidade.

O dinheiro gasto pelos donos de pequenas empresas fica na comunidade em vez de ser exportado para grandes corporações internacionais.

Para prover o crescimento de pequenas empresas, os sistemas precisam disponibilizar oportunidades de empreendedorismo e permitir o empréstimo por meio de transações de microcrédito, como pequenos empréstimos, para cobrir custos iniciais. Esse é o tipo de prática que pode ser facilitada pelas tecnologias blockchain.

Blockchain é uma febre entre investidores com alto poder aquisitivo, mas tem o potencial de beneficiar muitas outras pessoas em todo o mundo, que estão vivendo na pobreza e estão em busca de serviços financeiros seguros, confiáveis e acessíveis.

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