Finanças Pessoais

Como fazer um planejamento financeiro para dar a volta ao mundo

14 jul 2018, 13:58 - atualizado em 14 jul 2018, 13:59

Por Warren

Viajar pelo mundo é uma experiência enriquecedora, sem dúvida alguma. Conhecer lugares diferentes da nossa realidade e vivenciar culturas tão diversas proporcionam um crescimento pessoal como outras poucas coisas na vida. Sim, despende dinheiro, mas pode ser muito mais fácil quando há planejamento e foco.

A gente já fala disso há um tempo e percebe que as pessoas encaram sempre com um certa dúvida. A maioria não ganha tanto quanto gostaria, precisa pagar as contas da casa, então parece um pouco distante da realidade juntar dinheiro suficiente para viajar o bastante para conhecer o mundo.

Em abril deste ano, recebemos o pedido de um resgate de um cliente. E, sempre quando isso acontece, pedimos a gentileza que a pessoa nos informe o por quê (para entender se podemos melhorar em algo, por exemplo). Igor Mariano, o cliente em questão, respondeu:

“Comprar as passagens aéreas da minha volta ao mundo <3”

O Igor mora em Goiânia (terra boa!), tem 24 anos e foi mordido pelo mosquito desbravador do mundo quando ainda era pequeno.

— Meus pais levavam eu e minha irmã para conhecer novos lugares sempre que dava, nem que fosse um fim de semana em alguma cidade próxima — comenta.

Igor em uma viagem pra SP.

Anos depois, após fazer a primeira viagem internacional, decidiu que aquela seria a primeira de muitas que ele faria durante a vida. Mas como? Foi depois de formado, quando passou a se dedicar inteiramente ao trabalho, que Igor bateu o martelo: ele precisava de uma estratégia certeira para tirar de vez o sonho do papel. Por isso, dividiu o objetivo em fases e subfases muito bem definidas:

Construir um planejamento:

O primeiro passo é sempre o mais difícil. Mas o planejamento é importante porque norteia os seus passos, organiza as suas ideias e dá noção do que vai exigir mais ou menos esforço. A ideia de Igor é fazer um slow travel, conceito de viagem que prega curtir os lugares sem pressa, com paradas consideráveis entre as cidades, de forma mais enriquecedora, segura e barata. Ele quer passar por países como Peru, Estados Unidos, China, Austrália, Singapura, Malásia, Tailândia, Índia e África do Sul, em uma experiência de cerca de seis meses.

Com isso em mente, colocou na ponta do lápis tudo o que precisava saber:

  • Estudou datas
  • Calculou o tempo de permanência em cada lugar
  • Pesquisou valor médio de passagens, hospedagem, passeios e alimentação.

Tudo desenhado e um valor total no papel, restava ir atrás do dinheiro.

Pôr o plano em prática

Logo de cara, Igor entendeu que precisava fazer o seu dinheiro render mais rápido. Sabia que, para isso, teria que tirar logo o dinheiro da poupança.

— Sempre soube que a poupança era um investimento muito fraco e que rendia menos do que a inflação. Mas foi quando passei a pesquisar que eu tive certeza que não podia deixar o meu dinheiro lá — diz.

Como fazer o dinheiro render
A ideia não era usar uma corretora tradicional. Igor lembrou de uma indicação feita por um colega de trabalho para investir com a Warren, ainda na nossa fase beta.

— Não cheguei a investir naquela época. Mas quando decidi dar a volta ao mundo, a Warren se mostrou como a melhor solução, pois era fácil de entender e ao mesmo tempo me dava liberdade de fazer tudo praticamente sozinho através da internet.

Como o objetivo era de curto prazo, a nossa sugestão era que Igor investisse 100% em renda fixa, mas ele se sentiu tentado a ter um pouquinho mais de emoção: investiu no fundo com 95% em renda fixa e 5% em ações.

— A minha meta era conseguir a verba para todas as passagens aéreas da volta ao mundo em um ano, porém, caso eu não conseguisse, poderia adiar um pouco o prazo. Optei pelo fundo Warren MM1 porque gostava da ideia de ver como se comportava o mercado de ações. Mesmo assim, como a maior parte do meu dinheiro estava em renda fixa, me sentia mais seguro.

Comprometimento:
Aqui entra um ponto importante. Quando você cria um objetivo de vida, não existe mágica: é preciso comprometimento. E quando falamos de investimentos, é a mesma coisa. Isso significa ter uma certa disciplina: quanto mais você investe – a boa e velha frequência – , mais rendimento você tem e mais próximo fica de alcançar o que quer. Igor encarou o investimento como uma conta fixa a ser paga todos os meses, assim que o salário caía na conta.

— Me envolvi tanto no objetivo, que não fiquei um mês sequer sem depositar. Pelo contrário, comecei a me esforçar para sempre colocar mais.

Como dar impulso?
Quando você deseja aumentar o valor poupado para algum objetivo, ou você incrementa as receitas ou reduz as despesas. No contexto de fazer aportes maiores para acelerar a meta das passagens, Igor resolveu unir as duas opções e tomou algumas iniciativas, entre elas:

  • Trabalhou o desapego
  • Vendeu pela internet coisas que nem precisava tanto assim
  • Fez freelas

Além disso, vendeu o carro para custear as despesas com hospedagem, alimentação, seguros, vistos, passeios e outros itens.

— Logo eu percebi que, para dar a volta ao mundo, eu teria que fazer alguns sacrifícios e chequei à conclusão de que todos eles valeriam a pena para realizar o meu sonho.

Fazendo isso, ele foi na contramão de muitas pessoas que sentem dificuldade em poupar dinheiro pela renúncia ao consumo imediato na ideia de serem recompensadas no futuro.

Drible nos imprevistos
A ideia inicial de Igor era comprar o Round The World (RTW) Ticket, um tipo de passagem aérea multi-destinos, em que você escolhe os países pelos quais quer passar e compra todos de uma vez só. Porém, os imprevistos estão aí, circurdando a nossa vida, não é? E, por mais que o planejamento exista para evitar contratempos, às vezes não temos controle de tudo o que acontece, ainda mais no mundo financeiro.

O dólar subiu e o RTW ficou impraticável. A correção de rota deu mais trabalho, mas no fim, deu mais que certo.

— Acabou ficando mais barato comprar as passagens individuais do que o RTW Ticket.

Com os depósitos frequentes, os aportes a mais e a diferença do RTW, o valor investido foi subindo e Igor bateu a meta antes do prazo. Ele começou a investir em junho de 2017 e fez o resgate em abril de 2018.

Aproveitar os resultados

Depois de tanto esforço, vem a melhor parte: a de aproveitar os resultados. Com a sensação de dever cumprido, Igor já embarcou para dar a volta ao mundo (aliás, você pode acompanhar tudo pelo Instagram dele: @igor_mariano).

Ah, mas e quando ele voltar?
Vai estar sem carro? Sim
Vai estar sem todas as outras coisas que ele vendeu? Sim
Isso incomoda ele de alguma forma? Não.

Todas essas coisas podem ser conquistadas de novo com organização financeira (e definindo novos objetivos), mas dar uma volta ao mundo é uma oportunidade única e que vale a vida inteira.

Igor terá uma experiência incrível, de autoconhecimento e tudo mais que uma volta ao mundo em seis meses pode proporcionar. Quando ele voltar, também não vai entrar em desespero: ele pode contar com a reserva de emergência que ele criou e investe com a gente. 🙂

Então, resumindo

Se você sonha em fazer uma volta ao mundo, aqui falamos de todos os passos que você deve seguir. Use o Igor como inspiração, como uma prova de que é possível fazer isso sem ganhar na loteria.

E, para fechar, um resuminho básico de como se planejar financeiramente para uma volta ao mundo:

  • Defina o objetivo
  • Planeje
  • Pesquise (bem) preços de passagens, hospedagens, lazer e etc
  • Poupe
  • Invista
  • Faça um esforço a mais, quando possível
  • Drible os imprevistos
  • Colha os resultados

E já sabe, né? Naquele item ali no meio, pode contar com a gente aqui. Para começar a investir fácil e bem, clique aqui.

O Igor tem um perfil no Medium, onde divide opiniões, experiências e um monte de coisa bacana. Vale a pena segui-lo por lá! 🙂

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