Comprar ou vender?

Compre a ação da CCR e da Ecorodovias e aproveite o boom de concessões de infraestrutura

08 fev 2021, 16:56 - atualizado em 08 fev 2021, 17:02
Ecorodovias
Segundo a ABDID (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base), o Brasil precisa investir R$ 149 bilhões por ano no segmento de transporte (Imagem: Ecorodovias/Divulgação)

A Ecorodovias (ECOR3) e a CCR (CCRO3) são as empresas mais preparadas para aproveitar a onda de concessões de infraestrutura por qual passará o país, aponta o Safra em relatório enviado a clientes.

De acordo com o analista Luiz Peçanha, as empresas têm conhecimento de mercado, execução e capacidade eficientes e forte estrutura de capital. Somado a isso, há ainda a falta de concorrentes relevantes para correr riscos, com o ambiente regulatório ainda hostil.

“O Brasil ainda é a terra das oportunidades no segmento de infraestrutura, por carecer de condições mínimas para sustentar a expansão do PIB”, destaca.

Segundo a ABDID (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base), o Brasil precisa investir R$ 149 bilhões por ano no segmento de transportes, enquanto investe apenas R$ 25 bilhões.

“Com limitada capacidade financeira dado o seu alto endividamento, os investimentos em infraestrutura no Brasil devem ser impulsionados pelo setor privado”, destaca.

Retorno da demanda

O Safra aproveitou o momento para elevar o preço-alvo da CCR para R$ 18,70 (potencial de valorização de 48%) e da Ecorodovias para R$ 18,80 (potencial de valorização de 47%). Ambas têm recomendação de compra.

Para Peçanha, as empresas já começam a enxergar uma luz no fim do túnel em relação à demanda. Com a diminuição das restrições, o volume de tráfico nas rodovias vem observando melhora semana após semana.

Apesar disso, alerta ele, a demanda só voltará aos níveis pré-pandemia no segundo semestre de 2022, quando a maioria da população estiver vacinada.

Reequilíbrio de contratos

Ele lembra ainda que as concessionarias têm uma série de desequilíbrios de contratos em discussão com entidades federais e reguladores estaduais que se arrastam por anos e aparentemente, de acordo com executivos e reguladores de empresas porta-voz, estão em vias de ser concluídos.

“O resultado esperado para o rebalanceamento desses contratos é a extensão do prazo de cada respectiva concessão, atualmente não considerada em nosso avaliação para as empresas, o que pode representar uma vantagem relevante para nossos preços-alvo”, aponta.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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