Consensus 2022 abre com painéis sobre disrupção, regulação e adoção

Nesta quinta-feira (9), o Consensus 2022, que acontece em Austin, no Texas, finalizou seu primeiro dia com uma série de palestras. A maioria foi voltada para a maneira que a “cripto economia” pode ser inserida no sistema financeiro tradicional, os caminhos que a regulação do setor está tomando e as portas de entrada para institucionais.

O tema principal discutido na quinta foi o “Money Reimagined“, ou dinheiro reimaginado, na tradução literal para o português.

Montagem do centro de convenção principal

As palestras desta quinta aconteceram próximo ao centro de convenção principal, uma vez que ele ainda está sendo montado e será aberto apenas nesta sexta-feira (10).

A partir de sua abertura, o centro de convenção principal será o local para as principais atividades nos próximos dias. Desde exposição de marcas do mercado cripto até as palestras, voltadas para todo o público.

Disrupção cripto

Em uma das palestras realizada no palco patrocinado pela Galaxy Digital, foi apresentado o tema “como derivativos criptos irão mudar Wall Street que conhecemos”.

O painel foi apresentado por Brad Keoun, editor da Coindesk, e contou com os palestrantes Matthew Trudeau, COO da corretora cripto ErisX, Rich Rosenblum, co-fundador do grupo GSR e Tim McCourt, diretor global do CME Group, uma das maiores bolsas de derivativos dos Estados Unidos.

Na palestra, o assunto discutido foi a rapidez e a eficiência das negociações de derivativos em criptoativos.

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Os palestrantes também falaram sobre a importância da regulação para a evolução desse mercado e a proporção que ele pode chegar pelo fato de ser um mercado global e funcionar vinte e quatro horas por dia.

Como se manter no mercado?

Ainda no palco principal, Nolan Bauerle, “Bitcoiner” e autor do Coindesk, e Chris Rhine, diretor geral da Galaxy Digital, falaram sobre “investidores ativos em criptoativos”. 

A palestra girou em torno do tema de como ser um investidor ativo neste mercado frente a regulação, inflação e sua volatilidade. Em uma das perguntas feitas ao famoso “Bitcoiner”, Rhine questionou: “Como vencemos o mercado e o Federal Reserve (Fed) com Bitcoin (BTC)?”.

“Não é possível vencer o Fed, mas sim escutarmos ele, e jogarmos seus jogos”, foi a resposta de Bauerle.

Novamente a regulação foi colocada em pauta, e categorizada como algo bom para o crescimento do mercado e para a adoção do público aos criptoativos.

Outra pergunta feita ao “Bitcoiner” foi sobre como investir ativamente em um mercado com tamanha volatilidade.

“A volatilidade cria oportunidades. Eu olho a volatilidade como oportunidade”, diz. “A mentalidade dos investidores precisa mudar de ‘comprar para vender na valorização’ para entender no que realmente estamos colocando o dinheiro, e a tecnologia por trás de cada token”, complementa.

Segundo ele, é preciso esperar pelo que está por vir.

“Pode vir todo um novo mercado. É essencial enxergar hoje onde os protocolos e empresas específicas estão e onde eles podem estar em uns anos. A Apple é o maior exemplo de empresa a frente de seu tempo que destruiu suas concorrentes”, disse.

Sobre os riscos do mercado, Nolan Bauerle concorda ser uma das coisas mais importantes para prestar atenção.

“Por exemplo, a Terra (LUNA). É preciso separar, e entender se estamos falando sobre riscos da estrutura e do funcionamento, de um projeto mal-executado, ou apenas falando sobre o risco da volatilidade de um projeto, algo comum.”

Para ele, a medida que coletamos mais dados, o mercado amadurece, e, assim, cada vez mais protocolos com fundamento vão surgir.

Leis de impostos sobre criptoativos

Outra palestra importante abordou o tema “navegando em impostos e contabilidade no mundo dos ativos digitais”, apresentada por Erin Fennimore, Head de Impostos na TaxBit; Raj Mukherjee J.D, Head Global de Impostos na Binance e Aaron Jacob, Head de contabilidade na TaxBit.

Nela, os especialistas discutiram em qual categoria de instrumento financeiro os criptoativos se encaixam na visão legal e mercadológica. Foram discutidas também as leis de regulação para impostos e o que determina que uma pessoa seja sua própria corretora (transações ponto-a-ponto).

A discussão girou em torno da classificação de termos no mundo cripto como “o que define um ‘security token'”, o que é uma bolsa de valores de criptoativos e qual a finalidade de determinados tokens.

Fennimore por algumas vezes alfinetou a Binance e seu caso recente de investigação pela SEC sobre o token BNB.

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