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Construtoras disparam com mudanças no Casa Verde e Amarela. Quais são elas?

19 dez 2022, 16:41 - atualizado em 19 dez 2022, 16:41
construção civil
Ações de construtoras têm dia positivo na bolsa brasileira, puxadas pela alta de 7,5% da Cury (CURY3) (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

As ações de empresas de construção civil têm dia positivo na B3 reagindo às mudanças anunciadas na sexta-feira no programa Casa Verde e Amarela (CVA). O índice do setor avança 5%, puxado pela disparada de mais de 7% da Cury (CURY3).

O conselho do FGTS aprovou duas atualizações para o CVA, que deverá voltar a se chamar Minha Casa Minha Vida (MCMV) após a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, por volta das 16h20, os papéis da Cyrela (CYRE3) avançavam 6%, enquanto Tenda (TEND3), Eztec (EZTC3), Direcional (DIRR3) e Gafisa (GFSA3) subiam mais de 4%. As ações da MRV (MRVE3) tinham a alta mais contida, de 2,4%.

Mudanças no CVA e o impacto nas empresas de construção civil

As novas medidas envolvem a extensão do período de vigor das taxas de juros mais baixas para o grupo 3 do programa e o pró-cotista, até junho de 2023.

As taxas desse grupo serão mantidas em 7,66% ao ano, enquanto a do pró-cotista seguirá no mesmo patamar, considerando imóveis de até R$ 350 mil. Para imóveis acima desse valor, as taxas do pró-cotista foram mantidas em 8,16% ao ano.

Além disso, foi estabelecido uma ampliação do teto do valor de contratação de imóveis no CVA em 5%, com o teto máximo permanecendo em R$ 264 mil a unidade, exceto para o Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Essas atualizações aparecem como elementos de manutenção do ritmo acelerado de contratações no ano que vem. Isso é positivo para todas as construtoras de baixa renda, em especial para as que atuam no topo do programa CVA”, comenta o analista do setor da XP, Ygor Altero.

Quais construtoras serão beneficiadas com as mudanças?

Para Altero, no quesito de ampliação do teto de contratação, as construtoras com maior expansão geográfica devem se beneficiar de uma melhora no enquadramento dos imóveis. “Isso deve ampliar o mercado endereçável das companhias, principalmente, nas faixas mais altas. Pode beneficiar, principalmente, Direcional, MRV e Tenda”, diz.

Ele acrescenta que a manutenção das taxas de juros mais baixas para o grupo 3 e pró-cotistas parece positiva, beneficiando as companhias que atuam nas faixas mais altas do programa, em especial a Cury.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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