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Cooperados da Usina Cruangi comemoram safra de recordes, mas esperam a próxima menor

10 jan 2020, 13:48 - atualizado em 10 jan 2020, 13:59
Cooperativa em safra recorde em Pernambuco, mas com menores expectativas na próxima (Imagem: Pixabay)

Os cooperados da Usina Cruangi, em Pernambuco, devem aproveitar mais um recorde na safra que corre agora, porque o mesmo desempenho não deverá ser repetido no ciclo 20/21. Desde outubro as chuvas cessaram e vai prejudicar uma parte da cana do ano que vem.

Longe de se falar em quebra, sobre as pouco mais de 800 mil toneladas desta safra, mas já se avalia algum prejuízo, segundo Alexandre Lima, diretor-presidente da empresa, pertencente à Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana (Coaf).

“O pior mês foi dezembro”, diz, lembrando, contudo, que a cana que está em colheita na safra atual está melhor em ATR (total de açúcares recuperáveis), que mede os níveis de sacarose. Com tempo mais seco, a qualidade melhora.

A Cruangi está a um mês de terminar o ciclo 19/20 e as mais 175 mil/t que fecharão a totalidade de 800 mil/t, sobre as 627 mil/t da safra anterior, deixam animados os cerca de 410 cooperados.

O recorde será vivenciado no etanol hidratado, igualmente. “Vamos produzir em torno de 70 milhões de litros, contra 51,6 do período anterior.

Esse é o dado mais expressivo, que mostra o aquecimento do consumo como no resto do País, em uma usina que também comercializa açúcar, inclusive parte saindo com marca própria (Água Azul).

A unidade cooperativista, em Timbaúba, Zona da Mata Norte pernambucana, uma das pioneiras no Nordeste, também fechará as contas com 9 milhões de litros de aguardente.

Na soma, “mostra que os produtores têm capacidade de assumir indústrias com sucesso e não podemos esquecer da Usina Agrocan (Zona da Mata Sul) e de outra em Alagoas”, explica Alexandre Lima, que também é presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e da nacional Feplana.

 

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.