Futebol

Copa do Mundo e Capitalismo: Semelhanças vão muito além de mera coincidência

11 dez 2022, 16:00 - atualizado em 07 dez 2022, 18:03
Catar
Confira diálogo entre estrategista sênior do Rabobank e programa de texto treinado pela Inteligência Artificial, que une futebol e capitalismo na linguagem (Imagem: REUTERS/Hamad I Mohammed)

Na primeira terça-feira de dezembro, ocorrida no último dia 6, o estrategista sênior de macroeconomia do Rabobank, Stefan Koopman, estava pouco inspirado e sem tempo para escrever seu “Diário Global”. Ele, então, resolveu pedir ajuda à Inteligência Artificial (AI) com o seguinte comando:

“Você poderia escrever alguns parágrafos sobre o grande conflito entre democracias e autocracias, e como o futuro do capitalismo se encaixa nisso. Também deve ser um pouco engraçado”, orientou ao GPT-3, que usa aprendizagem por AI para produzir texto.  O estrategista emendou: “Seria bom fazer uma analogia com o futebol. Isso ajuda a chamar a atenção hoje em dia”.

Democracia x Autocracia

Inicialmente, o programa de AI começa dizendo que “o choque entre democracias e autocracias tem grandes implicações para o futuro do capitalismo”. “Afinal, as duas formas de governo têm abordagens fundamentalmente diferentes para a política econômica”. 

De uma lado, “as democracias tendem a apoiar o livre mercado e a competição”. De outro, “as autocracias geralmente favorecem o controle e a intervenção do Estado na economia”.

Assim, “o futuro do capitalismo dependerá de qual forma de governo prevalecerá no longo prazo”, discorre o GPT-3 consultado pelo Rabobank

“Se as democracias continuarem a prosperar, pode-se esperar que o capitalismo continue sua marcha rumo à maior liberdade e prosperidade. Porém, se as autocracias se tornarem mais dominantes, o capitalismo poderá ser substituído por sistemas econômicos mais autoritários, nos quais a inovação e a competição são muitas vezes sufocadas em favor do controle do Estado e dos interesses da elite dominante, o que pode levar à estagnação econômica e à desigualdade”, conclui. 

E o futebol?

Se não fez sentido até aqui, é porque a AI seguiu à orientação de Koopman de mostrar que sabe “mais sobre essas coisas do que qualquer um que esteja lendo isso”. Mas o estrategista também sugeriu ao GPT-3 que o texto fosse divertido e usasse um jogo de futebol para ser mais útil, em tempos de Copa do Mundo.

Para a AI, o capitalismo também é um pouco semelhante ao futebol. “Afinal, assim como no futebol, os vencedores são poucos e os perdedores, muitos”.

Mas as semelhanças não param por aí. “Pode-se dizer que o capitalismo é semelhante a jogar futebol no sentido de que todos estão tentando atingir seus próprios objetivos, mas apenas alguns indivíduos têm o conhecimento e experiência para fazê-lo de forma eficaz. Tanto no capitalismo quanto no futebol, há uma forte ênfase na conquista individual e na competição, e o sucesso geralmente depende de uma combinação de habilidade, estratégia e sorte.” 

“No entanto, assim como no futebol, existem regras e regulamentos no capitalismo que ajudam a garantir um jogo limpo e evitam que os indivíduos obtenham uma vantagem injusta. Em última análise, tanto o capitalismo quanto o futebol são sistemas complexos que requerem uma combinação de esforço individual e cooperação para funcionar de forma eficaz”.

Então, voltando à discussão anterior, o programa continuou: “Em uma democracia, as pessoas são os jogadores em campo, trabalhando juntas para promover seus interesses comuns. Em uma autocracia, o governante é o treinador, que dá as cartas do lado de fora e dita como o jogo deve ser jogado”, ilustra. 

“Quem sairá vitorioso neste jogo global de democracia x autocracia? Só o tempo irá dizer”, conclui. O modelo de linguagem treinado pela AI lembra que não tem acesso a informações sobre o futuro. Então não posso fornecer informações nem sobre o que vai acontecer hoje. E isso, para o estrategista do Rabobank, é um alívio!

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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