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Copom, Arezzo (ARZZ3), Soma (SOMA3) e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (1)

01 fev 2024, 10:16 - atualizado em 01 fev 2024, 10:18
Ibovespa
Dia pós-Copom, fusões e outros assuntos devem mexer com o Ibovespa nesta quinta-feira (1) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (1) em leve alta de 0,12%, a 127.906 pontos. Na véspera, o índice conseguiu se desviar do caminho de forte baixa dos índices americanos e avançou 0,28%, a 127.752,28 pontos. Para hoje, o mercado deve repercutir a decisão do Copom.



dólar subia em relação ao real nos primeiros negócios do dia, com investidores repercutindo as decisões de política monetária da véspera de Brasil Estados Unidos, enquanto aguardavam um importante relatório de emprego norte-americano.

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5 assuntos que vão mexer com o Ibovespa nesta quinta (1)

3R Petroleum (RRRP3) contrata Itaú BBA para avaliar fusão com PetroReconcavo (RECV3)

3R Petroleum (RRRP3informou ao mercado nesta quinta-feira (1) a contratação do Itaú BBA como assessor financeiro da companhia, para avaliar a proposta feita pela Maha Energy envolvendo a PetroReconcavo (RECV3).

Apesar de a petrolífera não ter citado o nome da Petroreconcavo ou da Maha no comunicado ao mercado, afirmou que a contratação tem o objetivo de “suportar a administração na avaliação da potencial transação sugerida em carta enviada em 17 de janeiro ao conselho de administração”.

Nesta data, A Maha Energy, acionista relevante da 3R Petroleum, propôs a união dos ativos das companhias. A Maha é listada na Bolsa de Estocolmo e possui a Starboard como maior acionista.

Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmam potencial fusão

Arezzo (ARZZ3) e o Grupo Soma (SOMA3) confirmaram que há conversas em andamento a respeito de uma possível fusão, de acordo com fatos relevantes divulgados nesta quarta-feira (31).

Segundo as companhias, trata-se de uma potencial junção de suas operações e bases acionárias, envolvendo as ações e a governança compartilhada do negócio combinado.

Alexandre Birman, atual CEO da Arezzo, será o CEO da companhia combinada. Já Roberto Jatahy, atual CEO da Soma, seguirá a frente do comando das marcas sob gestão da Soma, como CEO da business unit de vestuário feminino.

As companhias esclarecem, no entanto, que, até o momento, não há qualquer documento vinculante celebrado sobre a realização da possível operação. Além disso, não há qualquer garantia da implementação do negócio.

Na avaliação do analista da Mateus Haag, da Guide Investimentos, as sinergias da fusão poderiam chegar a R$ 4,5bi, sendo divididas em:

  • (i) R$1,5 bi na expansão da categoria de calçados e acessórios de Soma;
  • (ii) R$ 1,2 bi em SG&A;
  • (iii) R$ 700 mi em gestão do canal de franquias;
  • (iv) R$ 500 mi em redução de CMV com a redução do outsourcing dos produtos de Reserva; e
  • (v) R$ 400 mi em cross-selling.

“Dito isso, esperamos que o mercado precifique, sobretudo, as sinergias relacionadas a custos e SG&A, demonstrando uma visão mais cética em relação às sinergias de receita”, avalia.

O dia pós-Copom

Ontem ocorreu a primeira Super Quarta de 2024, em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu manter os juros dos Estados Unidos inalterados, na faixa de 5,25-5,50%, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.).

Em relação a Selic, o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que o comunicado permaneceu inalterado em relação às diretrizes futuras, sinalizando a intenção de realizar pelo menos mais dois cortes iguais aos já realizados, o que potencialmente reduziria a taxa de juros para 10,25% até maio.

“Embora existam riscos no horizonte, como a possibilidade de uma pausa no processo de desinflação, desafios fiscais e tensões geopolíticas, a direção atual parece bastante definida. Dada a ausência de surpresas nessa última ação, espera-se que o mercado responda de forma neutra, especialmente após um janeiro desafiador para os ativos de risco locais”, avalia.

  • As melhores e as piores ações de janeiro: Analistas comentam o que motivou o desempenho positivo (ou negativo) dos papéis, e ainda revelam suas recomendações para fevereiro. Confira no Giro do Mercado clicando abaixo:

Governo quebra a cabeça com drible fiscal

O governo federal está com o orçamento limitado para este ano, enquanto o Ministério da Fazenda pensa em um plano para cumprir a meta fiscal de zerar o déficit.

Por isso, o vice-líder do governo na Câmara, o deputado Pedro Paulo, deve apresentar um projeto de lei ou uma emenda de um mecanismo que permita bloquear menos recursos do Orçamento.

Pelo texto do arcabouço fiscal, o contingenciamento neste ano poderia chegar a R$ 55 bilhões. No entanto, pelos cálculos da equipe econômica, o valor máximo seria de R$ 23 bilhões. Isso porque o arcabouço também determina que o crescimento das despesas deve ser de 0,6% acima da inflação.

Para evitar problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo já teria pedido um posicionamento ao Tribunal de Contas da União (TCU), para evitar futuras punições.

Além disso, a ala política tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mudar a mata fiscal de déficit zero de 2024, para evitar que o contingenciamento afetasse os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Petrobras (PETR4) discute com governo e cias aéreas sobre preços do querosene de aviação

Petrobras (PETR3PETR4) vai se reunir nesta quinta-feira (1º) com representantes do governo federal e de companhias aéreas para discutir eventuais alterações nas condições do querosene de aviação (QAV) para o setor.

“Não obstante, considerando que a participação da Petrobras nas reuniões mencionadas faz parte das atividades rotineiras da companhia e que não houve qualquer decisão com relação ao preço do QAV ou no modelo contratual de fornecimento para as distribuidoras, não há qualquer fato relevante a ser divulgado com relação ao tema”, afirmou a estatal.

As discussões ocorrem em um momento em que a companhia aérea Gol (GOLL4) passa por recuperação judicial nos Estados Unidos.

O analista da Guide, Mateus Haag, pontua que, atualmente, o Estatuto Social da Petrobras a protege contra a venda de combustíveis com interesses diferentes dos seus pares de mercado. Portanto, isso dificulta a venda de QAV a preços muito baixos.

“Por conta disso, espero reação neutra para Petrobras. Mercado está atento as medidas do governo para socorrer a Gol. Então, possivelmente as ações da Gol podem reagir positivamente hoje”, avalia.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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