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Ibovespa (IBOV) se sai melhor que Wall Street nesta Super Quarta, mas perde em janeiro; veja o fechamento

31 jan 2024, 18:13 - atualizado em 31 jan 2024, 18:29
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Ibovespa sobe mesmo com forte queda em Wall Street após decisão do Fed (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa (IBOV) se desviou do caminho de forte baixa dos índices americanos e avançou nesta quarta-feira (31) de decisão de juros.

Referência para a bolsa brasileira, o índice subiu 0,28% na sessão, a 127.752,28 pontos.

Os mercados reagiram hoje à tarde à decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de manter os juros dos Estados Unidos inalterados, na faixa de 5,25-5,50%. A manutenção dos juros era amplamente esperada por agentes financeiros. Portanto, o foco ficou para o tom do comunicado e do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

De acordo com o comunicado, o comitê avalia que não é apropriado reduzir os juros “até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%”. Na avaliação das autoridades monetárias, a inflação americana caiu, mas segue elevada.

Por outro lado, o Fed vê que os riscos para o cumprimento da meta de inflação está se equilibrando melhor.

Powell, em seu discurso, reforçou que será preciso mais dados favoráveis para que o comitê tenha certeza de que está na hora de iniciar os cortes dos juros.

Segundo Powell, não parece que o comitê ganhará confiança suficiente para começar a cortar os juros em março. O comentário joga um balde de água fria nas expectativas mais otimistas dos mercados.

Com isso, operadores passaram a considerar a possibilidade de início de cortes em maio.

Marcelo Oliveira, CFA e co-fundador da Quantzed, avalia que a falta de uma fala mais concreta sobre baixa de juros torna o comunicado um pouco mais negativo.

Sobre as falas de Powell, Oliveira aponta que a postura foi mais hawkish que o esperado.

“Powell deixou claro que precisa que os números continuem a mostrar inflação cedendo, [que] números bons continuem vindo para que estejam certos de que poderiam começar a baixar juros.”

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Investidores aproveitam desconto da bolsa no último pregão do mês

Apesar do tom mais cauteloso do Fed, o Ibovespa conseguiu fechar o último pregão de janeiro em alta. O movimento, de acordo com Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, se deve a uma correção técnica depois de um mês em baixa. Com o fechamento desta quarta, o índice passa a acumular uma desvalorização de 4,79% no ano.

“O Ibovespa reage no ultimo dia do mês, com pessoas que estavam short colocando o lucro no bolso, e alguns agentes aproveitando o desconto dos ativos brasileiros que ainda estão negociando a múltiplos historicamente baixos”, explica.

Hoje, o dólar fechou em leve baixa frente ao real. Já as taxas dos DIs encerram em queda firme como reação a números fracos do emprego privado nos EUA e à decisão do Fed.

Agora, investidores ficam no aguardo pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. As principais apostas apontam para um novo corte de 0,50 ponto percentual, levando a Selic a 11,25% ao ano.

Varejistas dominam altas do dia

As ações do varejo figuraram entre as principais altas do Ibovespa nesta quarta, com destaque para Grupo Soma (SOMA3) e Arezzo (ARZZ3). Elas dispararam 16,81% e 12,09%, respectivamente, após confirmarem que estão avaliando uma combinação de negócios.

Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) também avançaram.

Do lado das quedas, o Santander Brasil (SANB11) perdeu 1,88%. O banco divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2023, com lucro mais fraco que o esperado.

Raia Drogasil (RADL3) também recuou, após Citi cortar a recomendação das ações para “venda”.

Vale (VALE3) teve nova queda, levando o preço a R$ 67,76. Já a Petrobras (PETR4) subiu, apesar da queda do petróleo.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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