Taxa Selic

Copom eleva Selic em 0,25 p.p., a 10,75% ao ano

18 set 2024, 18:42 - atualizado em 18 set 2024, 20:14
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Copom retoma o aperto monetário e eleva a Selic na reunião de setembro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.) na reunião desta quarta-feira (18), em decisão unânime. A taxa básica de juros saiu do patamar de 10,50% para 10,75% ao ano.

Para tomar a decisão, os diretores consideraram “a evolução do processo de desinflação, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis”.

“O cenário, marcado por resiliência na atividade, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, demanda uma política monetária mais contracionista”, dizem no comunicado.

A decisão vai ao encontro das apostas do mercado, que já esperava uma retomada do aperto monetário, após o tom mais hawkish dos diretores nas últimas comunicações.

No Boletim Focus da semana passada, inclusive, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram as apostas para a Selic ao final de 2024 para 11,25%, prevendo uma alta de 0,25 p.p. no encontro de setembro.

Os diretores entendem que a alta é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Além disso, implica na suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

A trajetória da Selic

Nas últimas duas reuniões, de junho e julho, o Comitê do BC optou por manter a Selic estável no patamar de 10,50%.

De agosto de 2023 a maio de 2024, a autarquia passou por um período de flexibilização da política monetária. O ciclo contou com uma redução de 0,25 p.p. e outras seis de 0,50 p.p.

Antes de iniciar a flexibilização, o BC manteve a Selic em 13,75% por um ano, iniciado em agosto de 2022. O ciclo de aperto monetário, que precedeu essa pausa, começou em março de 2021 e seguiu por 12 reuniões.

  • Professor da FGV comenta as decisões do FOMC e Copom e como elas devem mexer com o mercado; assista

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