Política

CRE aprova novo embaixador no Quênia; indicação vai a Plenário

14 dez 2020, 16:30 - atualizado em 14 dez 2020, 16:30
Silvio José Albuquerque e Silva
Silvio José Albuquerque e Silva durante sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado (Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O diplomata Silvio José Albuquerque e Silva foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE) para assumir a titularidade da embaixada brasileira no Quênia. Ele recebeu 11 votos favoráveis e nenhum contrário após sabatina realizada nesta segunda-feira (14). A relatoria da indicação (que tramita no Senado sob a forma da Mensagem 79/2020) ficou a cargo do senador Jaques Wagner (PT-BA). A indicação segue agora para o Plenário.

Caso seja aprovado no Plenário do Senado, ele vai acumular a representação do Quênia com a de outros países da região oriental da África: Ruanda, Uganda, Burundi e Somália.

O indicado informou ao senadores que um de seus objetivos, se assumir o cargo, será aliar os laços históricos e culturais daqueles países africanos à pauta comercial, principalmente nos setores agroindustrial, de infraestrutura e de construção civil.

Além disso, Silvio José Albuquerque e Silva ressaltou que o Quênia se destaca pela estabilidade política numa região historicamente envolta em conflitos.

— No campo diplomático, o Quênia tem papel vital para o tratamento de crises em países na região, atuando como fiador da paz, o que lhe tem trazido ameaças de grupos terroristas — explicou.

O diplomata lembrou que o relacionamento bilateral do Brasil com o Quênia teve início em 1964, um ano após o país africano obter sua independência do Império Britânico e se tornar membro da Commonwealth. Em relação a Somália, Ruanda, Uganda e  Burundi, ele afirmou que o relacionamento é bem menos expressivo tanto do ponto de vista das trocas comerciais quanto da cooperação técnica.

Currículo

Silvio José Albuquerque e Silva nasceu em 1961 em Niterói (RJ) e finalizou o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata em 1987. É formado em Ciências Jurídicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tem mestrado em Política Internacional pela Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica.

Além de atuar diretamente na carreira diplomática, ele também atuou nos poderes Judiciário e Executivo. Foi chefe de gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (2012-2014), chefe da assessoria internacional do Superior Tribunal de Justiça (2014-2015), chefe de gabinete do ministro da Defesa (2015), assessor especial do Ministro da Casa Civil da Presidência da República (2015-2016) e secretário especial adjunto de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania (2016-2017).

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