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Credit Suisse corta em 39% o preço-alvo da BRF

02 jun 2020, 11:22 - atualizado em 02 jun 2020, 11:22
BRF
Otimismo: apesar do prejuízo e do preço-alvo menor, Credit Suisse acredita no potencial da BRF (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O Credit Suisse realizou um profundo corte nas estimativas da BRF (BRFS3), após a companhia divulgar seus resultados do primeiro trimestre e a cúpula da empresa participar de uma videoconferência com os analistas do banco suíço O preço-alvo baixou de R$ 46 para R$ 28, o que representa uma redução de 39% na estimativa.

Com o novo preço-alvo, o potencial de valorização da BRF é de 18% sobre a cotação usada como referência pela instituição. Com isso, o Credit Suisse manteve a recomendação de outperform para os papéis (desempenho esperado acima da média do mercado).

No relatório obtido pelo Money Times, os analistas Victor Saragiotto e Felipe Vieira afirmam que o que mais pesou, na revisão, foi o aumento do custo de capital para os acionistas (Ke), que representa quanto um investidor espera de retorno para aplicar em uma ação. A dupla informa que esse item representou 80% do corte. O Ke adotado pelo banco foi de 13,7% ao ano.

A queda do ebitda previsto para 2020 e 2021 também pressionou as expectativas. Se, por um lado, o dólar caro melhorou a projeção de receita líquida da BRF neste ano e no próximo, por outro, a queda do consumo de carne de frango e de porco na China e o aumento do custo dos grãos vão comprometer a geração de caixa.

Com isso, o ebitda previsto para 2020 baixou 6,3%, para R4 4,984 bilhões; o de 2021 recuou 2,8%, para R$ 5,6 bilhões. “Apesar de tudo, cremos que o valuation já está suficientemente descontado para justificar nossa posição positiva sobre a BRF”, afirmam os analistas.

Resultados

A BRF apresentou um prejuízo líquido de R$ 38 milhões no primeiro trimestre de 2020. O número representa uma perda 66,2% menor do que a obtida um ano antes.

Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela despesa líquida de R$ 239 milhões, cujo principal impacto está relacionado à constituição da provisão para o pagamento do acordo para encerrar uma investigação nos EUA, no montante de US$ 40 milhões ou, aproximadamente, R$ 204 milhões.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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