Sustentabilidade

Da cana à banana, a bioeconomia que transforma rejeitos em moda

18 nov 2020, 12:02 - atualizado em 18 nov 2020, 13:01
Etanol
Resíduos de cana podem virar roupas, transformados em fibras têxteis (Imagem:REUTERS/Paulo Whitaker)

Se as cadeias produtivas da cana de açúcar, da banana e do abacaxi se interessassem em acompanhar a Brasil Eco Fashion Week, em companhia do setor de algodão, ficariam sabendo que o rejeito desses alimentos estão virando roupas.

No evento online, que vai desta quarta-feira (18) a domingo, a Circular System SPC (Social Purpose Corporation), pioneira da moda sustentável nos Estados Unidos – está sendo pioneira também na tecnologia transformadora de resíduos em fibra de grau têxtil – vai falar como faz.

A Agraloop Biofibre, um dos negócios do grupo de Isaac Nichelson, defenderá, ainda, como “queremos permitir que as safras de alimentos se tornem nossas fibras primárias”, como disse em recente entrevista.

Atualmente a empresa transforma folhas e cascas de cana, abacaxi e banana, além de cânhamo e caule de linho, mas novos resíduos e outras biomassas estão sendo pesquisados.

Bioeconomia em estado puro, a Circular System/Agraloop estará presente com Ricardo Garay, design e coordenador do projeto americano, e mais que falar de moda se encarregará de convocar produtores a fazerem parte do novo modelo de negócios para resíduos descartados perigosos.

Um dos exemplos da empresa: cerca de 270 milhões de toneladas de resíduos de bananas viram lixo propagando a poluição do metano e doenças agrícolas.

A tecnologia regenerativa empregada na biorrefinaria usa a química vegetal e energia vegetal para transformação em fibras e avança para um novo modelo econômico que, segundo a empresa, pode se expandir para outros lugares.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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