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De Banco do Brasil (BBAS3) a B3 (B3SA3): O que XP espera ver nos resultados de 7 empresas do setor financeiro

18 abr 2023, 20:45 - atualizado em 18 abr 2023, 20:45
Itaú Unibanco
Itaú e Banco do Brasil devem seguir resilientes no primeiro trimestre do ano, avalia XP (Imagem: Dado Galdieri/Bloomberg)

A XP Investimentos lançou suas apostas para o setor financeiro na temporada de resultados do primeiro trimestre do ano. Mais uma vez, a performance dos bancos brasileiros deve ser mista, avalia a corretora.

O Banco do Brasil (BBAS3) e o Itaú (ITUB4) devem seguir resilientes, apresentando um “sólido crescimento” de carteira de crédito e um aumento marginal nas taxas de inadimplência, enquanto o Santander Brasil (SANB11) e o Bradesco (BBDC4) voltarão a decepcionar.

A XP acredita que a margem financeira (NII) de mercado do Bradesco e do Santander seguirá pressionada pelos juros ainda elevados no Brasil. Na avaliação dos analistas, a tendência deve se reverter apenas no segundo semestre de 2023.

“Embora esperemos incrementos marginais na inadimplência dos bancos, as provisões devem continuar relevantes, afetando negativamente os resultados do primeiro trimestre de 2023”, diz a corretora, destacando ainda que o impacto deve ser menor para Itaú e BB devido a “uma maior seletividade na concessão de crédito nos últimos meses”.

A XP prevê lucro líquido recorrente de R$ 8,11 bilhões para o Banco do Brasil, alta de 23% no comparativo anual, e de R$ 8,33 bilhões para o Itaú, avanço anual de 13%.

Para o Santander, a taxa de inadimplência deve vir ligeiramente mais alta, a 4,5%, mas ainda em níveis controlados. O lucro líquido recorrente esperado é de R$ 2,14 bilhões, queda de 46% ano a ano.

Já o Bradesco deve ver seu lucro encolher 46% em relação ao início de 2022, a R$ 3,69 bilhões.

Mercado de capitais

Sobre o mercado de capitais, a XP menciona a pressão sobre as atividades do setor no primeiro trimestre, levando em consideração as taxas de juros ainda elevadas. Para a B3 (B3SA3), a corretora antecipa números fracos.

“Não apenas porque vemos pressão contínua no segmento de mercados de capitais devido a menores volumes de negociação e menos operações de ECM, mas também devido a prováveis ​​receitas mais baixas em renda fixa”, explica.

A expectativa é de queda anual de 20% no lucro líquido da companhia, a R$ 1 bilhão. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) esperado é de 19,8%, queda de 20 pontos-base ano a ano.

O BTG Pactual (BPAC11), por outro lado, deve apresentar resultados “ligeiramente positivos” com o suporte de crédito corporativo e Sales & Trading.

“Além disso, antecipamos que os segmentos de gestão de ativos (asset management) e gestão de patrimônio (wealth management) devem continuar se desempenhando bem neste trimestre”, acrescenta.

A XP projeta lucro líquido recorrente de R$ 2,2 bilhões para o BTG, alta anual de 8%, e ROAE de 19%.

Por fim, a BR Partners (BRBI11) deve mostrar números ligeiramente negativos, com as receitas líquidas sendo afetadas pelo cenário econômico mais desafiador.

“Embora a empresa tenha diversificado a fonte de receita nos últimos anos, o atual ambiente de taxas de juros mais altas e mais duradouras deve atrasar o crescimento da BR Partners”, afirma a XP. Por outro lado, a corretora avalia que as despesas devem permanecer sob controle.

O lucro líquido esperado para a companhia é de R$ 34 milhões.

Confira a seguir as recomendações e os preços-alvo da XP para as empresas mencionadas acima:

Empresa Ticker Recomendação Preço-alvo
Banco do Brasil BBAS3 Compra R$ 61
Bradesco BBDC4 Neutro R$ 18
Santander SANB11 Neutro R$ 34
Itaú ITUB4 Compra R$ 34
B3 B3SA3 Neutro R$ 14
BTG Pactual BPAC11 Neutro R$ 30
BR Partners BRBI11 Compra R$ 17

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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