Justiça

Defensoria Pública gaúcha move ação contra Carrefour, pede indenização de R$ 200 mi por morte de João Alberto

25 nov 2020, 16:39 - atualizado em 25 nov 2020, 16:40
Carrefour
Procurado, o Carrefour não respondeu de imediato aos pedidos de comentário (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul entrou nesta quarta-feira com uma ação coletiva contra o Carrefour (CFBR3) em que cobra uma indenização de 200 milhões de reais em razão do espancamento até a morte de João Alberto Silveira Freitas ocorrido na semana passada em um supermercado da rede em Porto Alegre (RS).

No comunicado, o órgão disse que o valor milionário  em razão dos danos morais coletivos e sociais deverá ser destinado, ao fim do processo, a fundos de combate a discriminação, defesa do consumidor, entre outros.

A Defensoria Pública pediu à Justiça ainda a interdição da unidade onde ocorreu o crime, “com o objetivo de diminuir os riscos de possíveis atos hostis que poderão ocorrer em decorrência de manifestações”. A ação pública também envolve a empresa responsável pela segurança da loja.

A morte de João Alberto, de 40 anos, espancado por dois seguranças da loja até a morte, desencadeou uma onda de protestos em unidades do Carrefour no país e repercutiu mundialmente.

Procurado, o Carrefour não respondeu de imediato aos pedidos de comentário.

A ação pede, entre outras demandas, que a rede varejista crie em Porto Alegre, em 10 dias, um plano de combate ao racismo e tratamento discriminatório voltado para funcionários.

“No mesmo sentido, também solicita a adoção de campanhas de conscientização em redes sociais e mídia em geral. Determina ainda a afixação de ao menos 10 cartazes, em cada unidade da rede Carrefour no Brasil, destacando que discriminação é crime e que conste no material o telefone ‘disque 100’, para fins de denúncias.”

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