Inflação

Deflação em junho é mais um motivo para cortar Selic em agosto; veja o que esperar do IPCA

10 jul 2023, 15:17 - atualizado em 10 jul 2023, 15:17
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IPCA: Inflação de junho será divulgada na terça, às 9h (Imagem: Towfiqu barbhuiya/Unsplash)

O mercado espera queda de 0,10% na inflação do mês de junho. Se confirmada, esta será a primeira deflação mensal desde outubro do ano passado, dando sequência à desaceleração anualizada. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgado amanhã (11), às 9h.

Segundo a economista da Warren Rena, Andréa Angelo, o movimento será pautado no arrefecimento de alimentação no domicílio e saúde e cuidados pessoais. Além disso, a medida do governo de desconto dos automóveis deve colaborar, com deflação de 4,5% em veículos novo. Para Angelo, a deflação no mês deve ser de 0,09% e a variação em 12 meses de 3,15%.

Já os especialistas da Guide acreditam em uma variação mais próxima da estabilidade — queda de 0,03%. De acordo com eles, a redução do preço da gasolina da Petrobras (PETR3; PETR4) no mês será um dos principais fatores que justificam a baixa do índice.

Na prévia, a inflação do mês já desacelerou para 0,04%. No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 3,40% e permanece dentro da meta perseguida pelo Banco Central para 2023, de 3,25%, com teto em 4,75%.

Se confirmada, além de abrir caminho para que o país cumpra a meta da inflação em 2023, a queda deve fortalecer as apostas de um corte na taxa Selic já na reunião do Comitê da Política Monetária (Copom) de agosto.

Corte da Selic no radar com queda da inflação

Após a última ata do Copom deixar a porta aberta para eventuais cortes da Selic, o mercado anseia uma mudança na taxa.

Na análise dos economistas do UBS BB, o Banco Central deve realizar um primeiro corte nos juros de 0,25 pontos percentuais (p.p.) já em agosto.

Depois, a instituição deve acelerar o ritmo e reduzir a taxa em 0,50 p.p. nas demais reuniões do ano. O UBS espera que a Selic feche 2023 em 12% ao ano.

Segundo eles, as expectativas de inflação determinarão a trajetória das próximas reuniões. “Prevemos um ritmo de 50 pontos percentuais a partir de setembro porque esperamos melhorias adicionais nas expectativas de inflação de longo prazo”, afirmam.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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