Saúde

Demanda por aparelhos de saúde deve continuar após pandemia

05 abr 2020, 9:08 - atualizado em 02 abr 2020, 15:53
Usuários, seguradoras e prestadores de serviços de saúde observam os benefícios dos dispositivos de saúde, numa mudança que deve persistir muito tempo após o desaparecimento do surto (Imagem: Reuters/Ajeng Dinar Ulfiana)

Aparelhos de rastreamento de fitness estão quase esgotados, aulas de exercícios em casa nunca foram tão populares e designers de robôs industriais se dedicam à produção de bots de higiene. A pandemia de Covid-19 provocou uma onda sísmica de consciência sobre saúde e ansiedade que energiza uma nova categoria de tecnologia de combate de vírus.

O medo de contágio acelerou o uso aplicativos e wearables, ou aparelhos vestíveis, para aumentar a sensação de proteção. “Ter um feedback preciso e imediato sobre a temperatura do corpo, pressão arterial e outros sinais de saúde ajuda a restaurar o senso de controle das pessoas”, disse Andy Yap, psicólogo social do instituto de administração INSEAD.

Usuários, seguradoras e prestadores de serviços de saúde observam os benefícios dos dispositivos de saúde, numa mudança que deve persistir muito tempo após o desaparecimento do surto.

Isso tem estimulado o desenvolvimento de dispositivos por startups e empresas de aparelhos na Ásia, onde o novo coronavírus teve origem e consumidores costumam ser pioneiros no uso.

Thermo, da Withings, é um termômetro sem contato que usa 16 sensores para fazer mais de 4 mil medições em 2 segundos – que depois sincroniza com um aplicativo móvel.

Custa US$ 99,95, mas ninguém pode comprar o aparelho até meados de abril, porque todo o estoque se esgotou há duas semanas, segundo a empresa. O uso do Thermo foi significativamente maior do que o habitual para esta época do ano, acrescentou a empresa.

A Youibot Robotics Technologies levou 18 dias para projetar e fabricar um robô da altura de um ser humano que pode higienizar salas usando duas luzes ultravioletas, além de medir a temperatura corporal dos transeuntes.

A startup com sede em Shenzhen, que fez parceria com a Michelin nos inspetores de pneus robóticos em 2017, tem como meta vender mais de 200 desses robôs “antiepidêmicos” no primeiro semestre deste ano, disse Cody Zhang, fundador e CEO, praticamente duplicando toda a produção da empresa em relação ao ano passado.

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