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Depois do El Niño vem… o La Niña: Quais setores devem sofrer em 2024 com novo fenômeno climático?

16 jan 2024, 15:55 - atualizado em 16 jan 2024, 15:55
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La Niña deve provocar chuvas mais volumosas que o normal no Norte e no Nordeste, com o tempo mais seco em amplas áreas do Centro-Sul e Sul (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

Como você viu aqui no Agro Times, o NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), autoridade climática global, projeta que o fenômeno climático La Niña deve começar em junho de 2024, após o El Niño, que está em seu pico e previsto para terminar em março, com período de neutralidade em abril.

Diferentemente da expressão “Depois da tempestade vem a calmaria”, o fim do El Niño marca novas preocupações, agora com o La Niña.

De forma geral, o La Niña é um fenômeno caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, o oposto do que ocorre com o El Niño.

Sendo assim, o fenômeno deve provocar chuvas mais volumosas que o normal no Norte e no Nordeste, com o tempo mais seco em amplas áreas do Centro-Sul do país, especialmente o Sul, que fica mais vulnerável a eventos de seca.

Setores que devem sofrer com o La Niña

De acordo com Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, as temperaturas elevadas, em razão do fenômeno, podem trazer prejuízos para as lavouras nas regiões mais ao Sul do país, o que poderá penalizar as empresas produtoras agrícolas com exposição a essas regiões em específico.

“Como consequência da perspectiva de menor produtividade das safras, o setor de insumos agrícolas também pode ser prejudicado, com receitas menores diante da menor demanda dos produtores. A menor disponibilidade de grãos no mercado pode penalizar os frigoríficos e a indústria alimentícia, considerando que parte relevante de seus custos pode ser influenciada pela dinâmica do mercado de commodities”, explica.

Segundo o analista, a situação climática adversa também pode restringir as margens das seguradoras, considerando que, historicamente, o número de sinistros pode aumentar em razão do maior número de quebra de safras e outros acontecimentos que ativem os contratos entre seguradora e segurados.

“Em casos extremos, os eventos climáticos podem prejudicar também as empresas de geração elétrica com exposição às hidrelétricas em seu portfólio e empresas de logística marinha, que podem ser vítimas dos menores níveis de pluviosidade”, conclui.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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