Política

Devemos superar os extremismos, diz presidente do Congresso em abertura do Ano Legislativo

03 fev 2021, 18:14 - atualizado em 03 fev 2021, 18:14
Rodrigo Pacheco
Pacheco por várias vezes exaltou uma atuação independente e harmônica entre os três Poderes da União (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quarta-feira que se deve superar os “extremismos”, pregou a harmonia entre os Poderes sem “substituição de papéis” entre si e ainda defendeu que o momento é de pacificação e trabalho, em discurso de abertura do Ano Legislativo.

“A política não deve ser movida por arroubos do momento ou por radicalismos”, disse.

“Devemos superar os extremismos, que vemos surgirem  de tempos em tempos, de um ou de outro lado, como se a vida tivesse um sentido só, uma mão única, uma única vertente”, emendou ele.

Pacheco fez sua fala ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a ser chamado no início da solenidade e antes do seu pronunciamento de “fascista” e “genocida” por parlamentares da oposição.

Ele rebateu-os e disse que haveria um acerto de contas na próxima eleição: “nos vemos em 2022.”

Em seu discurso, Pacheco por várias vezes exaltou uma atuação independente e harmônica entre os três Poderes da União.

O recém-eleito presidente do Senado, que também preside o Congresso, disse que buscará uma agenda comum de pautas importantes ao país e que “apontam para a necessidade de mudanças estruturais, fundamentais para o futuro do Brasil”.

“Refiro-me às reformas, especialmente a tributária e a administrativa. Não podemos relegá-las a um segundo plano, pois são prioridades das mais urgentes”, exemplificou.

Em um momento de grave crise sanitária decorrente da Covid-19, Pacheco também defendeu uma pauta voltada para a saúde pública, ao dizer que é preciso cuidar “racionalmente” dela e que não se pode fazer disso “uma histeria, negando uma realidade”.

“Faremos todo o possível para que toda a população brasileira tenha acesso às vacinas”, afirmou.

Eleito com o apoio de Bolsonaro, o presidente do Congresso disse que trabalhará “junto com o Poder Executivo, colaborando em tudo o que for possível, aprovando as medidas legislativas necessárias, e também fiscalizando e cobrando agilidade e ações efetivas das autoridades governamentais”.

Pacheco disse que, nesse sentido, a aprovação do auxílio emergencial foi fundamental. Mas citou o dilema da ajuda que, embora tenha aliviado a situação econômica de dezenas de milhões de brasileiros, gerou uma despesa de centenas de bilhões de reais para o Tesouro, ampliando o déficit fiscal brasileiro.

O senador, que é um entusiasta de um novo auxílio ou compensação para os vulneráveis com a pandemia o auxílio emergencial foi encerrado em dezembro passado, disse que é um “dilema” conciliar esse tema. E repetiu que trabalhará com parlamentares e a equipe econômica do governo para encontrar um “caminho para compatibilizar o auxílio governamental aos mais carentes”.

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