Depois do metanol nas bebidas alcoólicas, refrigerante leva 12 pessoas ao hospital em SC
Doze funcionários de um posto de saúde em Santa Cecília (SC) passaram mal após consumir um refrigerante adulterado, levando a duas prisões e à abertura de uma investigação da Polícia Civil.
- CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente
O episódio coincide com um momento no qual autoridades brasileiras investigam casos de intoxicação por consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas chegou a afirmar que ficaria preocupado “no dia em que começarem a falsificar Coca-Cola”. Ele depois se desculpou pela fala.
Tia e sobrinho são presos
O caso foi registrado em 21 de outubro, durante um café da tarde na unidade. As vítimas — entre médicos, enfermeiros, técnicos e recepcionistas — relataram tontura, sonolência, náusea, lapsos de memória e peso na cabeça.
A Polícia Civil prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento: uma mulher e o sobrinho, funcionário do posto, afastado após denúncias de importunação sexual contra colegas.
De acordo com a investigação, a mulher levou o refrigerante em uma garrafa de dois litros, consumido por todos os afetados. As prisões ocorreram na quinta-feira (23), após a análise de imagens de câmeras de segurança.
A polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.
Tontura, vômitos e esquecimento
Em nota, a Secretaria de Saúde de Santa Cecília informou que vários funcionários não se lembram do que aconteceu após o café e relataram sintomas como tontura, vômitos e dificuldade para falar.

Um dos técnicos de enfermagem, que também é vereador da cidade, precisou ser transferido para outro hospital devido ao agravamento do quadro clínico.
Dois servidores que haviam retornado ao trabalho voltaram a passar mal e foram novamente internados.
Exames ainda inconclusivos
Um laudo preliminar do CIATox-SC (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina) não encontrou drogas de abuso nas amostras biológicas das vítimas.
O órgão, no entanto, não detalhou quais substâncias foram analisadas. A Polícia Científica segue com a análise do refrigerante e dos alimentos consumidos, e o laudo técnico definitivo ainda não foi divulgado.
Outro caso na Bahia
Este não é o único episódio sob investigação. Na Bahia, a Polícia Civil apura a morte de Ivonete Souza Cruz Gonçalves, de 40 anos, que passou mal após beber um refrigerante enquanto trabalhava em Feira de Santana.
O caso foi registrado na sexta-feira (24). Testemunhas relataram que Ivonete começou a passar mal minutos após o consumo, apresentando espuma na boca e no nariz. Ela foi socorrida e levada à Policlínica da Rua Nova, mas chegou sem vida.
O Departamento de Polícia Técnica (DPT) é responsável pela análise do corpo e da bebida. A Polícia Civil baiana mantém a investigação aberta até a conclusão do laudo final.
Com informações da CNN e G1