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Dividendos: Em 2022, estas empresas têm foco em remunerar acionistas, segundo o Itaú BBA

21 abr 2022, 10:00 - atualizado em 20 abr 2022, 20:27
Klabin pagou R$ 402 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio em 2021. (Imagem: Unsplash/@mathieustern)

Ao analisar os setores de papel e celulose, siderurgia e mineração, o Itaú BBA concluiu que Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e Vale (VALE3) continuarão com foco maior na melhoria do pagamento de dividendos em 2022.

Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e CSN (CSNA3) atuarão com “importantes projetos de crescimento em seu pipeline“, nota o banco em relatório desta quarta-feira (20) assinado por Daniel Sasson e equipe.

Os analistas afirmam o período de julho de 2020 a dezembro de 2021 será lembrado como “um dos mais rentáveis ​​para os setores, dado o forte impulso dos preços globais de commodities e um real mais fraco”.

“As empresas brasileiras começaram 2022 em uma posição muito melhor do que no ciclo eleitoral presidencial anterior no Brasil”, afirmam os analistas, que lembram o cenário mais adverso, com inflação global, a guerra na Ucrânia e desaceleração da economia chinesa.

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Dividendos: O que foi destaque até agora

Ao pontuar que vê foco de algumas empresas em melhorar o pagamento de proventos, o Itaú BBA lembra que a Gerdau pagou um total de R$ 5,3 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio em 2021 (~12% yield).

“Isso representa o índice mais alto de todos os tempos para o empresa, de 34%, o que está acima da política de 30% para distribuição de dividendos”, disse o banco.

A Usiminas, diz, entregou um dividend yield recorde de 9% em 2021 (R$ 1,8 bilhão em termos nominais), com uma distribuição extraordinária de proventos anunciado em agosto.

“A empresa tem como política padrão distribuir 25% de seu lucro líquido como dividendos”, destaca.

O Itaú BBA comenta que a CSN aumentou o retorno dos acionistas por meio de dividendos (R$ 3,3 bilhões distribuídos, ou 7% de dividend yield).

A empresa tem como política padrão distribuir 25% de seu lucro líquido como dividendos, lembra.

Sobre a Vale, os analistas do banco dizem que a empresa tem como política de dividendos distribuir o equivalente a 30% de seu Ebitda ajustado.

Em 2021, sublinha, a Vale distribuiu cerca de US$ 13,5 bilhões (dividend yield de 15%) em proventos no geral, impulsionados por pagamentos extraordinários.

O Itaú BBA diz que, como a Suzano focou em investimentos, deixou menos espaço para aumentar o retorno aos acionistas, encerrando 2021 sem distribuição de dividendos.

A empresa tem como política de dividendos distribuir o valor mínimo entre 25% do seu lucro líquido e 10% do seu Ebitda ajustado.

Já a Klabin pagou R$ 402 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio em 2021, equivalentes a um dividend yield de 1,4%, diz o Itaú BBA.

“Os baixos níveis de 2020 e 2021 foram justificados pela crise da pandemia e pelos desembolsos de capex”, pondera o banco.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.