Dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4): quanto vai para o bolso do governo?

A Petrobras (PETR3;PETR4) e a saga dos dividendos seguem dando o que falar. Desta vez, porque o governo agora vê como cenário provável a distribuição dos dividendos extraordinários da petrolífera, inclusive a parcela que ainda está retida no balanço.

Ontem (23), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a projeção de receitas no novo relatório bimestral considera uma distribuição de 100%. Com isso, seriam gerados R$ 13 bilhões para o caixa da União em 2024.

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O governo é acionista majoritário da companhia e também recebe uma parcela dos proventos, o que ajuda nas contas públicas e viabiliza que o ministro Fernando Haddad se aproxime da meta de zerar o déficit fiscal.

Lembrando que foi o próprio governo que decidiu reter a distribuição dos dividendos extraordinários, o que provocou uma forte queda das ações da Petrobras na B3 na ocasião.

Posteriormente, houve a liberação de metade do valor, mas ainda não há definição oficial sobre o que a estatal fará com os recursos que permaneceram na reserva da companhia.

Os ministérios do Planejamento e da Fazenda projetaram que o governo central fechará 2024 com déficit primário de R$ 14,5 bilhões, pior do que a projeção oficial feita em março, que apontava para um rombo de R$ 9,3 bilhões, mas ainda dentro da margem de tolerância para a meta de 2024.

A ampliação do déficit previsto aumentou mesmo considerando a arrecadação via os dividendos extraordinários ainda não aprovados pela Petrobras.

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Petrobras nos holofotes

Além da questão dos dividendos, a Petrobras está sendo observada de perto pelos investidores desde que anunciou a demissão de Jean Paul Prates.

O conselho de administração da Petrobras (PETR3;PETR4) deve se reunir na sexta-feira (24) para aprovar Magda Chambriard como a nova presidente da estatal, segundo três fontes a par do assunto ouvidas pela Reuters.

Chambriard teria recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a missão de acelerar investimentos na Petrobras, buscando tornar a companhia a principal indutora de renda e emprego no Brasil.

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Em evento no Rio de Janeiro nesta terça-feira (21), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que, sob a nova gestão, a companhia deverá cumprir seu plano de investimentos, sem surpresas para o investidor.

Segundo ele, a estatal é “extremamente lucrativa e vai continuar responsável com seus investimentos”. No entanto, reforçou a missão que a petroleira terá de impulsionar a economia brasileira, por meio de iniciativas de ampliação da oferta de gás a custo mais baixo.

* Com informações da Reuters