Comprar ou vender?

Dividendos da Petrobras (PETR4) em risco? Estatal sofre perdas bilionárias em órgão ligado a Haddad

07 out 2023, 12:53 - atualizado em 07 out 2023, 14:33
Petrobras PETR4 processo CVM união governo federal conselho administração governança Lula
Além disso, a Petrobras informou que irá adotar medidas cabíveis, inclusive no âmbito judicial (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR4) confirmou, em comunicado enviado ao mercado na noite da última sexta, que o Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, comandado pelo ministro Fernando Haddad, negou recursos da empresa e declarou válida a cobrança de R$ 6,5 bilhões relativos ao pagamento de impostos sobre os lucros de 2013 e 2014.

De acordo com a empresa, a expectativa de perda desse contingência é considerada possível, porém não implica em provisionamento nas demonstrações da companhia.

Além disso, a Petrobras informou que irá adotar medidas cabíveis, inclusive no âmbito judicial.

Em rápido comentário enviado a clientes, o Bradesco BBI nota que a ação teve multa de 75% que agora será eliminada após o desempate. “Portanto, a disputa continuará no nível legal, com a Petrobras tendo que depositar prováveis R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões em diversas parcelas anuais”, explica.

Dividendos da Petrobras em risco?

Em outro comentário, publicado antes da decisão, o Bradesco afirma que a perda não representa grande risco para os dividendos de 2024.

Segundo o analista Vicente Falanga, a Petrobras pode fazer depósitos judiciais em diversas parcelas em caso de perdas, para continuar lutando na Justiça.

“A Petrobras poderia até ganhar algumas destas decisões (o histórico sugere quase 50%); e são aplicados descontos nas multas em caso de empate no Carf”, discorre a corretora.

Para os analistas, a estimativa inicial é que as decisões do Carf poderão impactar 1%-2% da capitalização de mercado da empresa por ano nos próximos anos, muito em linha com os anos anteriores.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.