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Dividendos da Petrobras (PETR4): Lula dá ‘ok’ para distribuição de 50%, diz Folha

19 abr 2024, 20:14 - atualizado em 27 abr 2024, 22:44
Petrobras
A reserva dos outros 50% dos dividendos não fecha a porta para que a empresa paga o restante em outro momento (Imagem: Lewis Joly/Pool via REUTERS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval para a distribuição de 50% dos dividendos da Petrobras (PETR3;PETR4), informa a Folha de S. Paulo.

  • O que está acontecendo com a Petrobras? A equipe do Money Times investigou a fundo o que está rolando com a estatal em meio à interferência política e à retenção de dividendos; leia mais.

Segundo o jornal, a decisão foi tomada nesta tarde após chegar-se a conclusão de que o pagamento não vai comprometer a capacidade de investimento da estatal.

Ainda segundo apurou o jornal, a reserva dos outros 50% dos dividendos não fecha a porta para que a empresa pague o restante em outro momento.

Ao todo, a empresa possui na reserva de dividendos R$ 43,9 bilhões. Ou seja, caso a Petrobras pague, o montante que irá para o acionista será de R$ 21,5 bilhões, sendo que desse total R$ 6 bilhões irão para o governo.

Dividendos da Petrobras: 100% ou 50%?

No dia 26 de abril, a assembleia-geral da Petrobras se reúne, onde, enfim, os R$ 43,9 bilhões retidos dos dividendos adicionais conhecerão o seu destino.

Mais cedo, o colunista Lauro Jardim, do Globo, informou que a Petrobras irá pagar 100% dos dividendos, o que impulsionou a ação. O papel ordinário, por exemplo, subiu 4%, a R$ 42,72.

O papel já recuperou o valor perdido no episódio do não pagamento, em 7 de março, quando despencou mais de 10%.

Ao longo no mês, o mercado entendeu que o governo iria ceder e pagar, pelo menos, 50% do valor.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o governo dará mais importância para a mudanças na política de preços, semelhante ao que ocorreu nos governos Dilma e Lula 2, nos quais os preços dos combustíveis eram mantidos praticamente constantes, mas não no caso dos dividendos.

“Nesse aspecto, eles terão que ceder diante da grande necessidade de receita. Podemos questionar bastante a política de investimentos, mas o governo tem muitos planos de gastos e esses recursos são preciosos demais para serem negligenciados”, discorre.

Para a Ativa, a companhia tem condições de aliar os investimentos descritos no seu atual plano de investimentos com a distribuição integral destes recursos e veríamos o destravamento dos valores atualmente reservados como um fator mitigador de riscos para a tese.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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