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Dividendos: Prestadora de serviços desbanca Vale (VALE3) e é ação mais recomendada entre 22 analistas

06 jul 2023, 17:43 - atualizado em 07 jul 2023, 8:02
Vale
Vale perdeu o posto de ação mais recomenda em carteira de dividendos (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

A Vale (VALE3) não é a ação mais indicada para dividendos entre 22 carteiras recomendadas em levantamento exclusivo realizado pelo Money Times. A mineradora perdeu o posto para a operadora de telefonia Vivo (VIVT3). Ao todo, a companhia recebeu 12 indicações contra 11 da gigante brasileira.

Para analistas, o bom desempenho operacional da tele deverá continuar gerando bons resultados e fluxos de caixa.

De acordo com a Terra Investimentos, que indica a Vivo (VIVT3), a principal tese de investimento da companhia é a expansão de fibra ótica, traduzindo-se em boa distribuição de dividendos ao longo de 2022, impulsionada pelo aumento do crescimento de seus negócios de fibra.

A corretora nota que nos últimos cinco anos, a empresa manteve um payout médio de 93%, com um rendimento de 5,55%.

Ao todo, a Vivo conta com 79 milhões de acesso. Em termos de fibra óptica, a empresa é uma das maiores provedoras de mercado com cerca de 16,3 milhões de casas com FFTH (fibra óptica), maior rede da América Latina.

O Safra é outra casa que guarda otimismo com a companhia. “Acreditamos num bom momento de resultados para Vivo no ano de 2023, com um ambiente competitivo favorável, beneficiado pela aquisição de parte da Oi móvel”, discorre.

Além disso, os analistas veem boa perspectiva de pagamento de dividendos e um valuation bastante atrativo, além da potencial redução de capital a ser realizada, o que poderia aumentar ainda mais a remuneração do acionista.

A Ágora argumenta ainda que os últimos resultados da Vivo vieram bastante em linha com as expectativas do consenso e mostraram boas tendências nas receitas móveis, refletindo a melhoria do ARPU (receita média por usuário).

“Incorporamos esses resultados e nossas expectativas futuras em nosso modelo, aumentando nosso preço-alvo estimado para 2023 para R$ 53/ação (de R$ 41/ação), com o principal potencial de ganhos vindo da redução do capex (investimentos), beneficiando assim a geração de caixa”, destaca.

Ainda dá para ter Vale para dividendos?

Mesmo sendo a empresa que mais cortou dividendos no primeiro semestre, a Vale ainda figura bem na lista.

O Santander sustenta que apesar da recente queda dos preços de minério de ferro no mercado internacional (-10% desde meados de março), há uma visão positiva sobre os preços da commodity a médio prazo.

“Nossa tese é orientada pela restrição de oferta, uma vez que os persistentes desafios de suprimento”, discorre.

Os analistas colocam que embora a Vale não seja mais a favorita do setor de mineração, as ações ainda negociam a um valuation atraente: rendimento de FCL (fluxo de caixa livre) de 12% e 3,2x EV/Ebitada (valor de mercado sobre Ibovespa) ante 5,0x das empresas concorrentes, “o que nos permite manter Vale na carteira”.

Para a Empiricus, que também possui Vale na carteira, o patamar de valuation atual é baixo (3,3 vezes
EV/Ebitda) e o nível de remuneração ao acionista é bastante atrativo (via proventos e recompra de ações).

“Especialmente se levarmos em consideração o fato de que a companhia está entre as mineradoras com menor custo na indústria, o que também significa que ela consegue gerar caixa mesmo quando as cotações do minério de ferro estão em níveis depreciados”, completa.

Veja as indicações

Empresa Ticker Recomendação
Vivo (Telefônica Brasil) VIVT3 12
Vale VALE3 11
Itaú Unibanco ITUB4 10
Banco do Brasil BBAS3 10
Engie ENGI3 9
Gerdau  GGBR4 9
Petrobras PETR4 8
Copel CPLE6 8
Taesa TAEE11 6
BB Seguridade BBSE3 5
CPFL CPFE3 5
Transmissão Paulista  TRPL4 5

 Levantamento

O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições. Para junho, foram indicadas 42 ações, somando 159 recomendações.

Participaram do levantamento ÁgoraAtivaBB InvestimentosBTG PactualNu investElevenEmpiricusGenialGuideInterItaú BBAMirae AssetMyCapNova FuturaWarren, ÓramaPagBankPlannerBanco SafraSantanderTerraXP.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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