Retrospectiva 2022

Do fantasma a exemplo mundial: Veja como o Brasil controlou a inflação em 2022

27 dez 2022, 10:00 - atualizado em 09 dez 2022, 13:05
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O pico da inflação de 2022 foi em abril, quando o IPCA somou um acumulado anual de 12,13%. (Imagem: Mehaniq)

Os brasileiros entraram em 2022 com uma lembrança indesejável pairando sobre o mercado: a de tempos de inflação alta.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) começou o ano no patamar dos dois dígitos – em janeiro, o acumulado da inflação em 12 meses era de 10,38%.

O indicador foi puxado pelo aumento nos preços de combustíveis, energia elétrica e alimentos que pesaram no bolso dos consumidores.

Isso fez a população relembrar da alta nos preços em 2015, quando a inflação também ultrapassou os dois dígitos. E também assustou aqueles que viveram o período de hiperinflação no início dos anos 90.

O pico da inflação de 2022 foi em abril, quando o IPCA somou um acumulado anual de 12,13%.

Relembre o pico da inflação em 2022

Lição de casa

De lá para cá, a inflação entrou em um movimento de queda. O IPCA acumulado em novembro registrou alta de 5,90%.

Parte dessa queda na inflação se deve ao esforço do Banco Central. A autoridade foi uma das primeiras a começar o aperto monetário, lá em março de 2021, quando a taxa básica estava em seu menor patamar de 2% ao ano.

Hoje, ela se encontra em 13,75%, onde está estacionada desde agosto.

Há quatro meses, o Banco Central está acompanhando de perto os indicadores inflacionários e o risco fiscal do novo governo para determinar se serão necessários novos reajustes ou se já é possível cortar a Selic.

Ajudinha do governo

Mas o Banco Central também teve ajuda do governo na hora de enfrentar a inflação. O governo de Jair Bolsonaro limitou o ICMS dos combustíveis e energia elétrica.

Isso fez com que o IPCA registrasse três meses seguidos de deflação: em julho a queda foi de 0,68%, seguida por -0,36% e -0,29%. No entanto, a inflação já voltou para o patamar positivo com o enfraquecimento das medidas de controle de preços.

Além disso, durante os meses de julho e setembro, a Petrobras (PETR3; PETR4) promoveu reduções nos preços da gasolina e do diesel. Ao todo, foram sete cortes nos litros dos combustíveis nas refinarias.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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