Market Makers

Do lixo ao lucro: Gestor abre carteira e revela 5 ações para ganhar com retomada da bolsa

02 jun 2023, 17:18 - atualizado em 02 jun 2023, 20:07

A bolsa está barata e à espera de um corte de juros na Selic, hoje em 13,75%, para disparar, destacam analistas. E o mais novo episódio do Market Makers tratou, justamente, das oportunidades para aproveitar essa virada.

Entre os entrevistados estava Ricardo Campos, sócio-fundador e gestor da Reach Capital, com 25 anos de experiência (sendo 12 deles analisando ações com Luis Stuhlberger).

Em maio enquanto as ações expostas a commodities (principalmente metálicas) apresentaram desempenho mais fraco, papéis voltados à economia local foram os verdadeiros campeões do mês.

Veja o episódio na íntegra:

Dentro do Ibovespa, a Yduqs (YDUQ3) superou com folga outras ações e se consolidou como a maior alta do índice em maio, após saltar mais de 70%. Já a Vale (VALE3) integrou o top 5 maiores quedas do mês ao acumular perdas de quase 12%.

Veja a seguir as principais teses discutidas:

3R Petroleum, bem tocada

Campos sustenta que a empresa está passando por uma revolução de manager (gestão), com a entrada de novos sócios, como a família Gerdau (GGBR4) na figura do Richard Chagas, junto com o pessoal da Grendene.

“Colocaram o Harley Lorentz Scardoelli, que era o antigo CFO da Gerdau, Roberto Castello Branco, um nome de peso da Petrobras (PETR4) com uma competência infinita. A 3R tem pessoas muito capazes”, discorre.

Além disso, o gestor lembra que a empresa produz, atualmente, 25 mil barris, com a expectativa de aumentá-la para 50 mil no ano que vem e 100 mil para 2026.

“Uma empresa que comprou ativos quando o petróleo estava US$ 50. É uma empresa de petróleo que você não precisa apostar que vá subir. Você já ganhava dinheiro com US$ 50 o barril. Agora está US$ 75, nossa curva longa é de US$ 60. Qualquer nível de extração de petróleo você vai ganhar dinheiro. Só precisa que os caras entreguem aquele negocinho lá”, sustenta.

Veja o episódio na íntegra:

Empresas Caxias

O gestor também citou as empresas com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul: Randon (RAPT4), que faz implementos agrícolas, a Fras-Le (FRAS3), que fabrica material de frenagem e suspensão, e a Marcopolo (POMO4), encarroçadora de ônibus.

“A Fras-le é uma empresa muito boa no que se propõe a fazer, está na vanguarda da tecnologia. E independente da situação econômica do Brasil, você precisa trocar a sua peça de freio”. argumenta.

Sobre a Marcopolo, Campos recorda que o Brasil ficou 10 anos sem vender caminhão e ônibus por conta de um crescimento provocada por uma medida de acesso ao crédito da então presidente Dilma Rouseff.

“A economia foi muito ruim nesses dez anos e agora esse veículos estão velhos e você precisa trocar”, ressalta.

A fabricante se beneficia ainda da disparada das passagens aéreas que favorece o uso do ônibus.

Veja o episódio na íntegra:

Kepler Weber, quase de graça

O gestor cita ainda uma empresa pouco conhecida e negociada, mas que entrega resultado: a fabricante de silos (armazenamento de grãos) Kepler Weber (KEPL3).

De acordo com Campos, é uma empresa que está crescendo enormemente. “E quando vem o El Ninõ, a produção de grãos aumenta e se tem necessidade de aumentar o armazenamento”, argumenta.

Ele ressalta que a empresa saiu de um Ebitda anual de R$ 50 milhões para até R$ 600 milhões.

“A Kepler teve alguns erros lá atrás pelo preço não acompanhar a variação do aço. Hoje ela já faz uma precificação diferente. Está investindo agora no Mato Grosso”, completa.

E para coroar tudo isso, a ação negocia a 2 vezes o lucro. “Foi uma safra mais que extraordinária no ano passado. Não será assim esse ano, vai para 4 vezes, mas mesmo assim ainda é muito barato”, calcula.

Veja o episódio na íntegra:

Do lucro ao lixo

Por fim, o gestor cita a Orizon (ORVR3), que cuida de concessões de aterros sanitários.

“Só que não é só lixo, você aproveita isso para ter uma outra utilidade, e como a produção de gás e o material em decomposição, que você pode vender para adubo ou transformar em créditos de carbono”, argumenta.

“É o grande player do setor e tem 20% de market share. Potencial grande para crescer. É uma empresa que tem muito a crescer e com baixo risco operacional”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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