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Dólar à vista ganha força e fecha a R$ 5,68 com acordo entre EUA e China e à espera de ata do Copom

12 maio 2025, 17:02 - atualizado em 12 maio 2025, 17:06
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O dólar à vista ganhou com força com acordo entre EUA e China; ganhos sobre o real foram limitados pelo avanço das commodities (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar iniciou a semana seguinte às decisões de política monetária em alta, com apoio das negociações entre os Estados Unidos e os países parceiros comerciais.

Nesta segunda-feira (12), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,6840, com alta de 0,52% ante o real. Durante a sessão, a moeda bateu a marca de R$ 5,70.



O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, subia 1,43%, aos 101,771 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar ganhou força ante as moedas globais com o acordo comercial entre os Estados Unidos e China, melhor do que o esperado pelo mercado.

As duas maiores economias do mundo reduziram as taxas sobre os bens e mercadorias por 90 dias. Durante o período, a tarifa dos EUA sobre os produtos chineses cairão de 145% para 30%, enquanto as taxas da China sobre os produtos norte-americanos passarão de 125% para 10%.

Hoje (12), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as taxas sobre os produtos da China não retornarão ao nível de 145% após o período de três meses. Segundo ele, Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo.

Esse foi o segundo acordo firmado pelos Estados Unidos com países parceiros após o ‘tarifaço’ de Trump. O primeiro foi anunciado pelos EUA e o Reino Unido na última quinta-feira (8). 

“A notícia de que China e os Estados Unidos concordaram em reduzir – ao menos momentaneamente – as tarifas para o comércio entre os dois países, naturalmente, soa como música aos ouvidos dos investidores”, disse a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.

Para o analista da Empiricus, Matheus Spiess, “o objetivo imediato parece ser o de dar um respiro de 90 dias para que Washington e Pequim voltem à mesa com menos pólvora e mais cálculo — um intervalo para tentar desenhar uma solução mais duradoura, ainda que essa expectativa flerte com o otimismo excessivo”.

Em reação ao real, o dólar à vista teve os ganhos limitados pelo avanço das commodities. Países emergentes e exportadores, como o Brasil, foram impactados positivamente através do aumento dos preços das matérias-primas, como o petróleo — que avançou mais de 1% hoje.

No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Relatório Focus, o primeiro depois da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa de juros para 14,75% ao ano.

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação pela quarta vez consecutiva, de 5,53% para 5,51% em 2025. Eles mantiveram a estimativa de Selic a 14,75% em dezembro deste ano, com a perspectiva de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim.

O mercado ficou à espera da ata do Copom, que deve ser divulgada amanhã (13).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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