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Dólar sobe em mais um dia de aversão ao risco no exterior, de olho em Fed

22 ago 2022, 11:59 - atualizado em 22 ago 2022, 11:59
Federal Reserve
Dólar opera em alta com exterior avesso ao risco de olho em Fed, à espera do discurso de Jerome Powell (REUTERS/Chris Wattie)

O dólar à vista opera em alta frente ao real acompanhando o exterior, em mais um dia de aversão ao risco.

Os receios de que o ciclo de aperto monetário por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e outros bancos cause uma recessão econômica nos Estados Unidos.

Há pouco, a moeda norte-americana tinha alta de 0,5%, negociado na casa dos R$ 5,19. O contrato futuro com vencimento em setembro também subia, em busca dos R$ 5,21.

Lá fora, o Dollar Index subia 0,5%, acima dos 108,700 pontos. Isso mostra que a moeda segue forte em relação aos seus pares. O euro, hoje, opera abaixo da paridade em relação ao dólar.

Peso do Fed

Dúvidas do mercado em relação aos passos do Fed seguem no radar e pesam na divisa estrangeira. As atenções se voltam aos dirigentes e ao principal evento da semana, o Simpósio de Jackson Hole.

Entretanto, a expectativa é com o discurso do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na sexta-feira. No mesmo dia, saem os dados de inflação de julho no país, o PCE

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, ressalta que a atenção ao Simpósio é grande, como também aos sinais emitidos pelo banco central norte-americano quanto ao futuro dos juros nos Estados Unidos.

Ele reforça que os temores renovados de recessão no país prevalecem e alimentam uma realização de lucros generalizada nos ativos de mercado financeiro, de bolsas de valores a commodities.

Jackson Hole e Powell

A equipe econômica do Goldman Sachs diz, em relatório, que vê poucas razões para Powell se inclinar muito fortemente para qualquer direção.

Para eles, os sinais um tanto conflitantes do relatório de emprego de julho mais forte do que o esperado e, em seguida, dados de inflação mais suaves do que o esperado deve significar uma perspectiva mais equilibrada antes dos próximos dados, de agosto a serem divulgados no mês que vem, antes da decisão do Fed. 

“O comitê do Fed, claramente, indicou uma postura dependente de dados e um desejo de diminuir o ritmo das altas, mas só se os dados permitirem”, comentam os analistas do banco.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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