Comprar ou vender?

Deu ruim: Analistas apostam na queda destas duas ações; uma pode tombar mais de 20%

20 maio 2024, 19:53 - atualizado em 20 maio 2024, 21:33
Ibovespa, Ações, Investimentos, Selic
Para a Petz, o analista Pedro Serra destaca que o cenário macroeconômico segue pressionando o desempenho operacional da companhia (Imagem: Unsplash/Ussama Azam)

Nem só de retornos positivos vivem os analistas. Duas casas rebaixaram o preço-alvo de ações para um potencial de queda.

Nesta segunda, a Ativa deixou a Petz (PETZ3) com o rabo entre as pernas: cortou o preço-alvo do papel para R$ 3,90, o que implica potencial de queda de 12% ante o último fechamento. A recomendação é neutra.

Já no último dia 14, foi a vez da Genial cortar o preço-alvo da Aeris (AERI3) para R$ 8, o que abre potencial de tombo de 20% para a companhia. A recomendação é de venda.

Veja abaixo as teses das duas.

Petz, falta consumidor

Para a Petz, o analista Pedro Serra destaca que o cenário macroeconômico segue pressionando o desempenho operacional, além do pessimismo com o desenvolvimento das margens da empresa para esse ano.

“A fusão com a Cobasi ainda não apresenta sinergias operacionais claras e apresenta riscos de execução devido ao risco de sobreposição de lojas que existe. Com isso, somado a zero atratividade do valuation, reiteramos neutro em nossa recomendação”, discorre.

Para o analista, com o alto endividamento das famílias ainda persistente no Brasil, o consumo discricionário é pressionado e a Petz sente esse efeito em suas vendas.

“A empresa vem percebendo um maior estoque de produtos premium parado, dado a disponibilidade de renda mais apertada, e, ao mesmo tempo, observa os níveis de vendas digitais crescendo acima do esperado, visto que esse oferece melhores descontos aos consumidores”, discorre.

Dessa forma, o analista diz que as vendas em lojas físicas estão sendo fortemente impactadas, culminando em um SSS mais fraco, e maiores níveis de estoques em lojas, o que também resulta em maiores promoções.

Aeris, falta vento

No caso da Aeris, o corte no preço-alvo ocorre após a divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024. No documento, Ygor Bastos e Nicollas Tristed chamam atenção para o forte aumento da alavancagem, que saltou de 1,9x no 4T23 para 3,3x no 1T24.

“Apesar de ter sido melhor que as nossas expectativas em termos de receita (7% maior que as nossas projeções), os números confirmam a entrada da companhia em um ano desafiador”, completa.

Além disso, a dupla nota que apesar da melhora de margem Ebitda na comparação trimestral, a receita superior, a melhora no Ebitda foi mais tímida do que o esperado.

Para a Genial, a falta de sinais favoráveis à instalação de novos parques e a queda nos preços de energia de longo prazo, seguem retirando a atratividade do segmento eólico.

“Nas nossas contas, o setor deve adicionar cerca de 50% a menos de capacidade em 2024. Na segunda-feira (13), a companhia anunciou a demissão de 1,5 mil funcionários. O anúncio reforça o caráter de ajuste de 2024, com a retomada do crescimento em volumes previsto apenas para o final de 2025”, argumenta.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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